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Alckmin quer represa do Jaguari exclusiva para abastecimento

Segundo governador, a produção de energia hidrelétrica pode ser substituída por outras fontes, como a termoelétrica, a nuclear, a eólica e a biomassa

Alckmin: "O que aconteceu no Jaguari é que tínhamos 40% da capacidade, mas soltaram toda a água e hoje tem 1%" (José Cruz/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 29 de dezembro de 2014 às 14h36.

Sorocaba - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), está propondo a paralisação da produção de energia na Usina Hidrelétrica do Jaguari, na bacia do Paraíba do Sul, para que o reservatório seja usado exclusivamente para abastecimento.

Segundo ele, a represa é estratégica para o abastecimento da Região Metropolitana de São Paulo e de cidades do estado do Rio de Janeiro, mas está muito baixa porque a água foi usada para gerar energia.

"O que aconteceu no Jaguari é que tínhamos 40% da capacidade, mas soltaram toda a água e hoje tem 1%. Nós alertamos que São Paulo precisava da água, mas quem controla é o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS)."

Alckmin lembrou que a Companhia Energética de São Paulo (Cesp) foi multada em R$ 5,3 milhões por ter reduzido a vazão do Jaguari no auge da crise hídrica, em agosto, e foi obrigada a soltar mais água.

"No caso do Jaguari, o que se produz de energia é muito pouco. No mundo inteiro, inclusive no Brasil, a prioridade da água é para o abastecimento humano. No entanto, ainda se prioriza a produção de energia, mesmo correndo o risco de ficar sem água. Essa é uma questão relevante e o Brasil precisa tomar uma posição firme."

Alckmin levou o assunto ao governo federal e sua assessoria tratou da questão do Jaguari com a Agência Nacional de Águas (ANA) e com o ONS, mas ainda não houve acordo.

A usina está localizada entre São José dos Campos e Jacareí e tem potência instalada de 27,6 megawatts.

É dessa represa que o governo Alckmin quer retirar água para socorrer o Sistema Cantareira.

A licitação para a obra de interligação entre as represas do Jaguari e a do Atibainha, no Cantareira, está prevista para janeiro, segundo ele.

Sem energia

Para evitar que o controle da vazão nas barragens passe a ser do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o governo paulista projetou duas represas no interior de São Paulo sem sistema de geração de energia.

Embora tenham grande capacidade hídrica, com barragens de até 50 m de altura, as represas de Pedreira, no Rio Jaguari, município de Pedreira, e de Duas Pontes, no Rio Camanducaia, município de Amparo, não irão produzir um quilowatt de eletricidade.

De acordo com Alckmin, as barragens foram projetadas para aumentar a disponibilidade hídrica na região drenada pelas bacias do Piracicaba, Capivari e Jundiaí, no interior do estado, e podem contribuir para manter o nível do Sistema Cantareira.

"Na hora que começa a gerar energia, quem controla a represa é o Operador Nacional do Sistema. O operador manda soltar toda a água para ter geração e aí fica sem abastecimento", justificou.

Segundo ele, a produção de energia hidrelétrica pode ser substituída por outras fontes, como a termoelétrica, a nuclear, a eólica e a biomassa. "Abastecimento, porém, você só faz com água", disse.

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Sorocaba - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), está propondo a paralisação da produção de energia na Usina Hidrelétrica do Jaguari, na bacia do Paraíba do Sul, para que o reservatório seja usado exclusivamente para abastecimento.

Segundo ele, a represa é estratégica para o abastecimento da Região Metropolitana de São Paulo e de cidades do estado do Rio de Janeiro, mas está muito baixa porque a água foi usada para gerar energia.

"O que aconteceu no Jaguari é que tínhamos 40% da capacidade, mas soltaram toda a água e hoje tem 1%. Nós alertamos que São Paulo precisava da água, mas quem controla é o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS)."

Alckmin lembrou que a Companhia Energética de São Paulo (Cesp) foi multada em R$ 5,3 milhões por ter reduzido a vazão do Jaguari no auge da crise hídrica, em agosto, e foi obrigada a soltar mais água.

"No caso do Jaguari, o que se produz de energia é muito pouco. No mundo inteiro, inclusive no Brasil, a prioridade da água é para o abastecimento humano. No entanto, ainda se prioriza a produção de energia, mesmo correndo o risco de ficar sem água. Essa é uma questão relevante e o Brasil precisa tomar uma posição firme."

Alckmin levou o assunto ao governo federal e sua assessoria tratou da questão do Jaguari com a Agência Nacional de Águas (ANA) e com o ONS, mas ainda não houve acordo.

A usina está localizada entre São José dos Campos e Jacareí e tem potência instalada de 27,6 megawatts.

É dessa represa que o governo Alckmin quer retirar água para socorrer o Sistema Cantareira.

A licitação para a obra de interligação entre as represas do Jaguari e a do Atibainha, no Cantareira, está prevista para janeiro, segundo ele.

Sem energia

Para evitar que o controle da vazão nas barragens passe a ser do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o governo paulista projetou duas represas no interior de São Paulo sem sistema de geração de energia.

Embora tenham grande capacidade hídrica, com barragens de até 50 m de altura, as represas de Pedreira, no Rio Jaguari, município de Pedreira, e de Duas Pontes, no Rio Camanducaia, município de Amparo, não irão produzir um quilowatt de eletricidade.

De acordo com Alckmin, as barragens foram projetadas para aumentar a disponibilidade hídrica na região drenada pelas bacias do Piracicaba, Capivari e Jundiaí, no interior do estado, e podem contribuir para manter o nível do Sistema Cantareira.

"Na hora que começa a gerar energia, quem controla a represa é o Operador Nacional do Sistema. O operador manda soltar toda a água para ter geração e aí fica sem abastecimento", justificou.

Segundo ele, a produção de energia hidrelétrica pode ser substituída por outras fontes, como a termoelétrica, a nuclear, a eólica e a biomassa. "Abastecimento, porém, você só faz com água", disse.

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