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Alckmin e Aécio propõem mudanças no programa do PSDB

Senador eleito por Minas sugeriu que Serra, FHC e Tasso Jereissati coordenem a reformulação do projeto do partido

O senador eleito por Minas Gerais pregou a defesa pelo PSDB do que chamou de "ideias novas" (Fábio Rodrigues Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL)

O senador eleito por Minas Gerais pregou a defesa pelo PSDB do que chamou de "ideias novas" (Fábio Rodrigues Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 19 de julho de 2012 às 15h14.

São Paulo - O governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin, defendeu na tarde desta segunda-feira, 6, a refundação do PSDB, com atualização do programa partidário da legenda. Após almoço com o senador eleito Aécio Neves (PSDB-MG) na capital paulista, Alckmin pregou a união dos quadros da legenda e sustentou a necessidade do PSDB atuar como uma oposição propositiva e inteligente.

"Nós vivemos momentos diferentes. O partido foi fundado na década de 80 e hoje nós estamos em um outro momento", disse o governador eleito. "Então, é importante atualizar o programa partidário (do PSDB) para fazer uma oposição propositiva, inteligente, que ajude o Brasil", completou.

"O nosso programa foi construído em cima de uma realidade que não é mais a do Brasil. Então, isso tem de ser visto de forma absolutamente natural", disse Aécio que sugeriu ao PSDB que o processo de refundação seja coordenado pelo ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso, pelo ex-governador José Serra e pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). "É fundamental que contemos para a reconstrução do projeto do programa partidário com as principais lideranças do partido", ressaltou, defendendo a unidade da legenda. "Nós sabemos que a nossa unidade é essencial para que nós possamos construir um projeto viável para o Brasil."

O senador eleito por Minas Gerais pregou a defesa pelo PSDB do que chamou de "ideias novas", como uma economia sustentável, a profissionalização do setor público e a qualificação de jovens.

Em clima de coleguismo, os tucanos trocaram elogios entre si e minimizaram as recentes trocas de farpas entre integrantes do PSDB de Minas Gerais e de São Paulo. "Não há nenhuma divisão, estamos unidos para trabalhar pelo Brasil", disse Alckmin. "É uma alegria rever o Aécio, um amigo querido." O ex-governador de Minas Gerais retribuiu os afagos e considerou de "menor importância" as rusgas entre tucanos dos dois Estados.

"É um prazer sempre muito grande conversar com Geraldo, o meu amigo de muitos anos. Uma das lideranças mais expressivas do PSDB", avaliou. "Nós sempre tivemos muitas afinidades. Essa disputa que volta e meia se lê nos jornais entre PSDB de Minas Gerais e de São Paulo não existe. Isso é da cabeça de uma ou outra figura."

Num encontro de cerca de 1h30, Alckmin e Aécio anteciparam temas que serão discutidos, na quarta-feira da próxima semana (dia 15), entre os oito governadores eleitos pelo PSDB. O evento será realizado em Maceió (AL) e visa afinar o discurso da oposição ao governo de Dilma Rousseff.
 

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