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Alckmin diz que não pretende ser candidato de Temer

Diante da hipótese de Temer se lançar candidato para eleição, governador de SP foi categórico ao dizer que PSDB terá nome próprio na disputa

(Misha Friedman/Bloomberg)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de fevereiro de 2018 às 23h16.

Última atualização em 20 de fevereiro de 2018 às 23h53.

Brasília - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta terça-feira, 20, que "não tem pretensão" de ser o candidato do governo na eleição presidencial. Questionado por jornalistas se o presidente Michel Temer ficará em seu palanque na corrida eleitoral ou se, ao contrário, será ele quem ficará no palanque de Temer, Alckmin foi categórico: "o PSDB terá candidato próprio à Presidência".

"O PMDB é outro partido. O presidente Temer tem direito de se candidatar. A decisão é dele", afirmou Alckmin. Desde a semana passada, quando foi anunciada a intervenção federal na área de segurança do Estado do Rio de Janeiro, tem crescido em Brasília as especulações de que a medida, que tem apoio popular, possa servir de trampolim para que o presidente Michel Temer entre na disputa pela presidência. Se isso ocorrer, o PMDB de Temer não faria parte da coligação liderada por Alckmin.

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Antes dessas definições, no entanto, o próprio Alckmin precisa confirmar seu nome como candidato do PSDB. Isso porque o partido tem um pré-candidato além de Alckmin: o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio. Questionado se uma prévia no PSDB não iria sugerir fraqueza do partido, Alckmin saiu pela tangente. "Acho que prévias é a maneira mais democrática de escolher candidato", afirmou.

O governador afirmou ainda que, com a intervenção federal na área de segurança do Rio de Janeiro, a reforma da Previdência "passou". "Reforma da Previdência tem que ser por PEC (Proposta de Emenda Constitucional). A única coisa que se altera por projeto de lei é alíquota", disse. "Tenho impressão que este tema passou."

Em meio à discussão sobre o uso, pelo governo federal, de mandados coletivos para busca e apreensão no Rio de Janeiro, Alckmin afirmou que isso "não tem sentido".

Segunda sem carne

O governador falou ainda sobre o veto ao projeto de lei, aprovado na Assembleia Legislativa de São Paulo, que criava a segunda-feira sem carne em São Paulo. "(Foi vetado) porque o jovem precisa de proteína. É um erro sob o de vista da saúda e da interferência na vida das pessoas", afirmou.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), participa hoje da posse da nova diretoria da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), em Brasília. A deputada federal Tereza Cristina (DEM-MS) assumiu a presidência da entidade.

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