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Alckmin defende multa para conta de água mais alta

Cerca de 17 milhões de moradores da Grande São Paulo abastecidos pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) podem ser atingidos pela medida


	Falta de água: "Estamos enfrentando a maior seca dos últimos 84 anos e tivemos praticamente todo o verão sem chuva", afirmou Alckmin
 (Joe Raedle/Getty Images)

Falta de água: "Estamos enfrentando a maior seca dos últimos 84 anos e tivemos praticamente todo o verão sem chuva", afirmou Alckmin (Joe Raedle/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 26 de abril de 2014 às 18h09.

Itu - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), defendeu neste sábado, 26, em Itu, sua proposta de um acréscimo de até 30% nas tarifas de água para quem gastar mais de 20% acima da média.

Segundo ele, o ônus faz parte do elenco de medidas programadas pelos gestores dos recursos hídricos para estimular o uso racional da água. "Foi dado o bônus e agora vem o ônus, que é só para quem aumenta muito o consumo", disse.

Órgãos de defesa do consumidor chegaram a classificar como ilegal a cobrança de multa de quem consome mais água. Os cerca de 17 milhões de moradores da Grande São Paulo abastecidos pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) podem ser atingidos pela medida.

Para Alckmin, o governo está adotando todas as medidas recomendadas pelos técnicos quando ocorre uma situação climática extrema como a atual. "Estamos enfrentando a maior seca dos últimos 84 anos e tivemos praticamente todo o verão sem chuva."

Segundo ele, o caminho para evitar a falta é o uso racional da água.

"Fizemos o que os especialistas recomendam. Primeiro demos o estímulo para a região abastecida pelo Sistema Cantareira, que é o mais crítico. Depois estendemos para toda a Região Metropolitana de São Paulo, 31 cidades, e esperamos uma boa adesão. O ônus é se tiver aumento grande de consumo", justificou, sem dar mais detalhes sobre o alcance da medida.

Sobre a proposta do Consórcio das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) de decretação de estado de calamidade hídrica, ele defendeu as medidas já adotadas, como a integração dos reservatórios para ampliar a área de distribuição da água disponível e a ampliação na captação, com a obra do Sistema São Lourenço, que vai captar água no Vale do Ribeira e fica pronta em 2018.

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