Alckmin cobra investigação de suposto pagamento de propinas
Caso se refere a uma investigação realizada pelo Cade que detectou que várias companhias acordaram desde 2001 dividir contratos de manutenção de trens em SP
Da Redação
Publicado em 22 de janeiro de 2014 às 17h23.
São Paulo - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin , afirmou nesta quarta-feira que "é necessário investigar" o suposto pagamento de proprinas da empresa francesa Alstom à administração regional para ser favorecida em um contrato de licitação, como denunciou um ex-diretor da companhia.
"O diretor da empresa disse que houve pagamento de proprinas em 1998. A empresa nega, então é necessário investigar", comentou Alckmin em declarações aos jornalistas sobre a primeira denúncia atribuída a alguém em particular sobre o assunto.
O jornal "Folha de São Paulo" publicou que o ex-diretor comercial da Alstom André Botto admitiu perante a Justiça francesa em 2008 que a empresa pagou uma propina equivalente a 15% de um contrato por US$ 45,7 milhões em 1998.
O caso se refere a uma investigação realizada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que detectou que várias companhias, entre elas Siemens e Alstom, acordaram desde 2001 dividir contratos de manutenção de trens em São Paulo.
Pela suposta fraude, destapada em agosto, também são investigadas no Brasil a canadense Bombardier, a japonesa Mitsui e as espanholas Caf e Temoinsa.
A declaração de Botto recolhida pela "Folha" cita, além disso, um contrato anterior a 2001 entre a Alstom e a Empresa Paulista de Transmissão de Energia (EPTE), firma controlada naquele momento pela administração regional comandada pelo falecido Mario Covas, o padrinho político de Alckmin, que por sua vez era vice-governador.
No entanto, desde 2008, a empresa francesa nega o pagamento dos supostos subornos para vencer contratos no maior e mais povoado estado do Brasil.
"Essa investigação está sendo realizada pelo próprio Estado. Nós chamamos as empresas (do escândalo) na Corregedoria-Geral e não compareceram. Por isso entramos também na Justiça e existe uma investigação do Ministério Público e da Polícia", ressaltou Alckmin.
Em novembro, pelo mesmo escândalo, a Associação de Banqueiros Suíços confirmou o bloqueio das contas utilizadas pela Alstom e a alemã Siemens para o pagamento dos supostas propinas, após o pedido do Brasil. EFE
São Paulo - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin , afirmou nesta quarta-feira que "é necessário investigar" o suposto pagamento de proprinas da empresa francesa Alstom à administração regional para ser favorecida em um contrato de licitação, como denunciou um ex-diretor da companhia.
"O diretor da empresa disse que houve pagamento de proprinas em 1998. A empresa nega, então é necessário investigar", comentou Alckmin em declarações aos jornalistas sobre a primeira denúncia atribuída a alguém em particular sobre o assunto.
O jornal "Folha de São Paulo" publicou que o ex-diretor comercial da Alstom André Botto admitiu perante a Justiça francesa em 2008 que a empresa pagou uma propina equivalente a 15% de um contrato por US$ 45,7 milhões em 1998.
O caso se refere a uma investigação realizada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que detectou que várias companhias, entre elas Siemens e Alstom, acordaram desde 2001 dividir contratos de manutenção de trens em São Paulo.
Pela suposta fraude, destapada em agosto, também são investigadas no Brasil a canadense Bombardier, a japonesa Mitsui e as espanholas Caf e Temoinsa.
A declaração de Botto recolhida pela "Folha" cita, além disso, um contrato anterior a 2001 entre a Alstom e a Empresa Paulista de Transmissão de Energia (EPTE), firma controlada naquele momento pela administração regional comandada pelo falecido Mario Covas, o padrinho político de Alckmin, que por sua vez era vice-governador.
No entanto, desde 2008, a empresa francesa nega o pagamento dos supostos subornos para vencer contratos no maior e mais povoado estado do Brasil.
"Essa investigação está sendo realizada pelo próprio Estado. Nós chamamos as empresas (do escândalo) na Corregedoria-Geral e não compareceram. Por isso entramos também na Justiça e existe uma investigação do Ministério Público e da Polícia", ressaltou Alckmin.
Em novembro, pelo mesmo escândalo, a Associação de Banqueiros Suíços confirmou o bloqueio das contas utilizadas pela Alstom e a alemã Siemens para o pagamento dos supostas propinas, após o pedido do Brasil. EFE