Alckmin assume com corte de gastos de R$ 1,5 bilhão
Governador anunciou cortes nos investimentos em educação, saúde e segurança
Da Redação
Publicado em 3 de janeiro de 2011 às 15h56.
São Paulo – O recém-empossado governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, anunciou hoje (3) um contingenciamento de gastos de R$ 1,5 bilhão. Após reunir-se pela primeira vez com seus 26 secretários, ele afirmou que vai reduzir em 20% os investimentos estaduais e em 10% as despesas de custeio por “cautela”.
“É bom a gente ter cautela”, disse Alckmin. “A situação [das contas do estado] é boa. Mas a economia depende do cenário internacional, da taxa de juros, do crédito. Enfim, da macroeconomia, que independe do estado.”
De acordo com Alckmin, o corte nos investimentos será feito em áreas como educação, saúde e segurança. Conforme a evolução da arrecadação estadual, cálculos serão feitos para que os investimentos retomem o patamar anterior.
Já o corte de despesas será mais duradouro. Alckmin disse que todas as secretarias farão estudos para que possam reduzir seus gastos com procedimentos corriqueiros. “Pedimos um esforço para que verifiquem onde pode-se reduzir o gasto na atividade meio para que possamos ter mais recursos para a atividade fim”, afirmou.
A maior eficiência nos gastos públicos é, inclusive, o objetivo de uma agenda de gestão também anunciada pelo governador. A agenda, criada por meio de um decreto assinado hoje, visa a melhorar o trâmite de processos de todos os órgãos do governo estadual e, por consequência, reduzir o custo deles.
Em seu primeiro dia de trabalho, o governador assinou um decreto que prevê investimentos de R$ 24 milhões para o desassoreamento do Rio Tietê. A intenção do governador é aumentar os investimentos no rio para que ele volte a ter sua calha original em dois anos. "Isso ajuda a macrodrenagem de São Paulo", disse.
Outro decreto assinado por Alckmin dá prazo de 60 dias para que seja definida a secretaria a qual o Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP) será vinculado. Atualmente, o órgão está ligado à Secretaria de Segurança Pública. Cerca de mil policiais realocados trabalham lá. A ideia de Alckmin é usar esse pessoal novamente nas atividades de segurança da população.