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Alckmin afirma que está mais "preparado" para governar o Brasil

"Perdi as eleições de 2006, mas até foi bom, porque não estava tão preparado como estou hoje", disse o atual governador de SP

Alckmin: o governador avaliou que sua possível candidatura "é uma decisão que não é pessoal, é coletiva" (Beto Barata/PR/Reprodução)

Alckmin: o governador avaliou que sua possível candidatura "é uma decisão que não é pessoal, é coletiva" (Beto Barata/PR/Reprodução)

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EFE

Publicado em 18 de abril de 2017 às 13h50.

Última atualização em 18 de abril de 2017 às 13h50.

São Paulo - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou nesta terça-feira, em um fórum realizado na capital paulista com executivos de empresas espanholas, que está mais "preparado" para governar o Brasil, mas que uma eventual candidatura às eleições presidenciais de 2018 será uma "decisão coletiva" de seu partido, o PSDB.

"Perdi as eleições de 2006, mas até foi bom, porque não estava tão preparado como estou hoje", disse Alckmin em entrevista à Agência Efe.

O governador também declarou que, antes de pensar em uma corrida presidencial, a "primeira tarefa é fazer um bom governo" em São Paulo, o que, segundo ele, "é fácil em tempos de bonança", diferente do atual cenário econômico nacional.

"Fui candidato em 2006 e perdi para Lula, mas era o Lula presidente da República com o PT no auge. Eu tive que renunciar ao governo de São Paulo nove meses antes, e o outro (Lula) disputou no cargo com o Brasil e a economia crescendo", argumentou, ao lembrar da disputa.

Alckmin valorizou seu desempenho em sua primeira eleição à presidência, lembrando que venceu no Sul e em São Paulo, mas perdeu no Sudeste. No entanto, o governador avaliou que sua possível candidatura "é uma decisão que não é pessoal, é coletiva", e que confia "muito no julgamento popular ".

Evasivo em relação a 2018, Alckmin disse que "este ano não é ano de eleições".

"Temos que concentrar energias, é um tema para o ano que vem", ressaltou.

Perguntado sobre a ascensão do prefeito de São Paulo e correligionário no PSDB, João Dória, no cenário político nacional, Alckmin enfatizou o apoio que deu ao empresário na disputa municipal.

"Eu o apoiei para ser prefeito de São Paulo, e como médico, tenho olho clínico. Havia um cansaço (na sociedade), eram necessários novos nomes. Por isso, defendo as primárias (módulo de eleições internas de um partido) para escolher um candidato. Sem primária, Doria não teria sido prefeito, nem (Barack) Obama presidente dos Estados Unidos", comparou.

Alckmin classificou Doria como "um grande nome (para qualquer disputa eleitoral)" e elogiou seus primeiros meses de gestão.

"Ele está fazendo uma grande administração em São Paulo, inovadora, dando um sentido de pertinência", disse.

O fórum desta terça-feira, realizado em São Paulo, contou com a presença de executivos de companhias espanholas com operações no Brasil e teve apoio de Banco Santander, Everis, Arteris, Acciona Infraestruturas e Elektro.

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