Amazônia: região ameaçada por crimes ambientais (Lucas Ninno/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 22 de agosto de 2023 às 17h33.
Última atualização em 22 de agosto de 2023 às 18h54.
No entendimento da AGU, a Avaliação Ambiental de Área Sedimentar (AAAS) não é indispensável e não pode impedir a realização de licenciamento ambiental de empreendimentos de exploração e produção de petróleo e gás natural.
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"O entendimento defendido pelos órgãos da Advocacia-Geral da União foi encampado pelo Supremo Tribunal Federal (...), oportunidade em que restou decidido que a viabilidade ambiental de um empreendimento deve ser atestada no licenciamento ambiental, e não na AAAS", afirmou a AGU no parecer.
A manifestação da AGU é uma resposta a uma solicitação do Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, relativa ao processo para perfuração do bloco FZA-M-59, localizado na chamada Margem Equatorial, a 175 quilômetros da foz do Rio Amazonas, no Norte do país.
Em maio, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) negou licença para a perfuração do poço no bloco. O órgão argumentou, entre outros pontos, que era necessário realização de estudos de caráter estratégico (AAAS) na bacia da Foz do Amazonas. O MME discordou da avaliação e pediu o parecer técnico da AGU.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já defendeu o empreendimento e disse querer "continuar sonhando" com a exploração de petróleo na região.