Brasil

Agressão e ameaça complicam ainda mais Bolsonaro com mulheres

Ana Cristina Valle, ex-mulher de Bolsonaro, afirmou ao Itamaraty em 2011 que foi ameaçada de morte por ele, e que teria deixado o Brasil por causa disso

BOLSONARO: documento do Itamaraty complica ainda mais situação do líder das pesquisas com as eleitoras  / Adriano Machado/ Reuters (Adriano Machado/Reuters)

BOLSONARO: documento do Itamaraty complica ainda mais situação do líder das pesquisas com as eleitoras / Adriano Machado/ Reuters (Adriano Machado/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 25 de setembro de 2018 às 18h31.

Última atualização em 25 de setembro de 2018 às 19h21.

Se o deputado Jair Bolsonaro (PSL), líder nas pesquisas de intenção de voto à presidência, tinha um desafio de conquistar o voto feminino, ele ficou ainda maior nesta terça-feira. O jornal Folha de S. Paulo revelou, no fim de tarde, que Ana Cristina Valle, ex-mulher de Bolsonaro, afirmou ao Itamaraty em 2011 que foi ameaçada de morte por ele, e que teria deixado o Brasil por causa disso em direção à Noruega.

O relato, segundo a Folha, consta de um telegrama reservado arquivado no Itamaraty, ao qual o jornal teve acesso. Bolsonaro e Ana Cristina, na época, travavam uma disputa judicial no Rio sobre a guarda do filho do casal, então com 12 anos. Ana Cristina afirmava ter deixado o Brasil em 2009 em decorrência das ameaças, que poderia levá-la a pedir asilo político na Noruega.

Ana Cristina é candidata a deputada federal pelo Podemos no Rio. À Folha, disse ter “superado” o episódio. No domingo, o jornal já havia publicado que na época Bolsonaro havia mobilizado o Itamaraty para interceder em seu favor após Ana Cristina ter levado o filho para o exterior.

Bolsonaro não se pronunciou sobre o assunto. Cientistas políticos afirmam que a revelação é um problema a mais para o candidato, que está perto de ter alta do hospital Albert Einstein, onde está internado. Pesquisa Ibope divulgada ontem revela que a rejeição do candidato entre as mulheres está em 54%, quatro pontos a mais que no levantamento anterior.

 

 

Em outro evento revelado nesta terça-feira, umas das organizadoras do grupo “Mulheres Contra Bolsonaro”, Maria (cujo sobrenome não foi divulgado), foi agredida por três homens armados em um táxi no Rio de Janeiro, na noite desta segunda-feira. Ela coordena a campanha do candidato a deputado estadual pelo PSOL, Sérgio Ricardo Verde, que detalhou o incidente em sua página do Facebook, dizendo que, além da agressão física, os homens também levaram o celular dela.

A motivação da agressão está sendo investigada.

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