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Agenda de Bolsonaro inclui nome do Meio Ambiente e reunião com bancadas

Presidente eleito foi assistir neste domingo em São Paulo a uma partida de futebol entre Palmeiras e Vitória, no Estádio Allianz Parque

Jair Bolsonaro em jogo do Palmeiras v Vitoria no Allianz Parque em São Paulo (Paulo Whitaker/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de dezembro de 2018 às 17h58.

Última atualização em 2 de dezembro de 2018 às 18h05.

Brasília - A agenda de compromissos do presidente eleito, Jair Bolsonaro , prevista para esta semana inclui reuniões com bancadas parlamentares de quatro partidos, MDB, PRB, PR e PSDB. Os encontros foram organizados pelo futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

A previsão é de que Bolsonaro desembarque na capital federal na manhã de terça-feira, 2. O primeiro compromisso na lista é uma audiência com a futura ministra da Agricultura, Tereza Cristina. No período da tarde, se reunirá com parlamentares do MDB, às 15h, e do PRB, às 16h30, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde funciona o escritório do governo de transição.

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Na quarta-feira, 5, o presidente eleito deve receber autoridades diplomáticas pela manhã na Granja do Torto, residência oficial usada por Bolsonaro durante a transição. Depois, tem agendada uma visita ao QG do Exército. À tarde, recebe mais duas bancadas partidárias: PR às 15h e PSDB às 16h30. Os dois encontros também ocorrerão no CCBB.

Na quinta-feira, a agenda prevê apenas atendimento a autoridades e parlamentares na Granja do Torto pela manhã e a partida de volta para o Rio de Janeiro no fim da tarde.

Meio ambiente

O presidente eleito falou neste domingo (02) com a imprensa no Rio de Janeiro, onde embarcou para São Paulo para assistir a partida de futebol entre Palmeiras e Vitória, no Estádio Allianz Parque. Ele comentou sobre  a conclusão da montagem dos ministérios.

"[Nossa agenda] Continua. A gente espera que se resolva a questão do Ministério do Meio Ambiente. E, daí, fechou a questão", respondeu ele a uma repórter sobre como seria sua agenda nesta semana.

Na semana passada, o presidente havia adiantado que há "meia dúzia" de nomes sendo avaliados para a pasta. Entre eles, estaria o agrônomo Xico Graziano, que foi do governo Fernando Henrique Cardoso e pertenceu aos quadros do PSDB.

Bolsonaro voltou a fazer críticas à aplicação de multas ambientais. Segundo ele, existe uma "indústria de multas" no setor como "a que existe no asfalto", referindo-se a radares de monitoramento de velocidade nas estradas.

"O governo é especialista em perseguir quem trabalha no Brasil", disse ele, que afirmou que "o Brasil é o país que mais preserva o meio ambiente", mas que alguns fiscais ambientais cometem abusos. "Esse pessoal vai deixar de trabalhar dessa forma".

Bolsonaro embarcou em um voo comercial às 12h40 no Aeroporto Santos Dumont em direção a Congonhas, em São Paulo, aonde chegou às 13h40.

O político saiu em comboio de dois carros da Polícia Federal e outros cinco carros pretos, além de uma van e uma ambulância, pela área de autoridades de Congonhas, sem falar com a imprensa.

Motos da Polícia Militar também fizeram parte do esquema de segurança do aeroporto. Diversas vezes a Avenida Washington Luís foi bloqueada nas duas pistas do sentido centro para que a equipe do presidente eleito pudesse sair.

Avião

Jair Bolsonaro foi recebido no voo do Rio para São Paulo aos gritos de "mito". Como de costume, apoiadores filmaram e aplaudiram a chegada do presidente, que acenou em retribuição antes de se sentar numa das primeiras fileiras da aeronave.

Um grito de "Lula Livre" também ecoou e foi logo abafado pela comemoração de bolsonaristas. Tão logo o avião decolou, alguns passageiros começaram a se revezar no corredor na tentativa de se aproximar de Bolsonaro, tirar uma selfie ou cumprimentar o futuro presidente, dando trabalho para os seguranças, que precisaram vetar alguns admiradores.

(Por Renata Agostini e Thiago Faria)

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