Aéreas pedem aumento de voos em Congonhas
Atualmente, TAM e Gol detém a maioria dos slots do aeroporto, mas outras empresas aéreas têm interesse em elevar a participação
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.
São Paulo - A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), que reúne os quatro maiores grupos aéreos do país, é favorável à revisão dos horários de pouso e decolagem (slots) no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, mas com aumento na sua capacidade.
Segundo o presidente da Associação, Eduardo Sanovicz, a entidade defende o aumento da capacidade do aeroporto mais movimentado do país e não apoia a retirada de slots atuais de empresas para entregá-los a outras companhias.
"A Abear é favorável à revisão. Temos propostas, estamos discutindo internamente, e as quatro empresas são favoráveis a essa revisão. Mas cada uma vai avaliar a forma de aderir e participar dos resultados que forem obtidos", afirmou em coletiva de imprensa nesta terça-feira.
Sanovicz lembrou que a capacidade do aeroporto sofreu duas reduções em 2001 e 2007, após acidente com um avião que transportava malotes bancários e do avião da TAM, respectivamente, "em uma reação circunstancial e compreensível", mas garantiu que há possibilidade de essa capacidade crescer novamente.
"Garantimos que é o momento de começar a rever esse gargalo", disse. De acordo com o executivo, a capacidade de Congonhas é para 54 movimentos de pouso e decolagem por hora, mas atualmente está em 34 movimentos por hora.
A Abear defende um aumento na capacidade do aeroporto em detrimento da proposta da Secretaria de Aviação Civil (SAC), de alocação dos espaços de pousos e decolagens do aeroporto de modo "que um terço da redistribuição total possível de slots (...) seja de fato redistribuída a cada ano".
Atualmente, TAM e Gol detém a maioria dos slots do aeroporto, mas outras empresas aéreas têm interesse em elevar a participação em voos que partem e chegam em Congonhas.
No início do mês, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) iniciou uma audiência pública para discussão sobre novos procedimentos de utilização dos slots em aeroportos que operem no limite de sua capacidade.
Interesse de pequenas
Nenhuma decisão foi tomada, mas empresas menores já demonstram interesse em elevar a presença em Congonhas.
A Azul Linhas Aéreas quer aumentar o número de seus slots no aeroporto, apesar de ressaltar que manterá o foco em Viracopos, em Campinas. A empresa mantém apenas um voo semanal a partir de Congonhas, até Santos Dumont, no Rio de Janeiro, na esperança de solicitar novas permissões de voos no local.
"A gente sabe que as empresas que operam (no aeroporto) têm o direito de solicitar até 80 por cento dos novos slots, ficando os 20 por cento restantes para novas empresas. Nós não achamos essa regra ideal, mas por isso que nós mantemos esse voo", afirmou o diretor de comunicação e marca da Azul, Gianfranco Beting, à Reuters.
Para ele, é necessário criar um mecanismo que permita as empresas de menor porte igualdade de oferta nos slots que vão ser oferecidos, para criar competição em aeroportos centrais.
"Simplesmente fornecer slots no fim de semana, da maneira como vem sendo hoje, não interessa a ninguém." Segundo o executivo, o interesse da Azul em Congonhas é principalmente para a rota São Paulo - Rio de Janeiro.
"Qualquer pessoa sabe que para uma companhia aérea realmente poder competir em pé de igualdade, ela tem que ter oportunidade de participar dessa rota que é conhecida como o filé mignon da aviação brasileira, que é a rota que chamamos de ponte aérea Rio -São Paulo", disse.
Assim como a Abear, Beting defendeu o aumento da capacidade de voos em Congonhas, mas evitou comentar a proposta feita pela SAC, de redistribuição dos slots atuais.
"O slot, uma vez conquistado, é direito da empresa que o conquistou, desde que o utilize plenamente".
São Paulo - A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), que reúne os quatro maiores grupos aéreos do país, é favorável à revisão dos horários de pouso e decolagem (slots) no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, mas com aumento na sua capacidade.
Segundo o presidente da Associação, Eduardo Sanovicz, a entidade defende o aumento da capacidade do aeroporto mais movimentado do país e não apoia a retirada de slots atuais de empresas para entregá-los a outras companhias.
"A Abear é favorável à revisão. Temos propostas, estamos discutindo internamente, e as quatro empresas são favoráveis a essa revisão. Mas cada uma vai avaliar a forma de aderir e participar dos resultados que forem obtidos", afirmou em coletiva de imprensa nesta terça-feira.
Sanovicz lembrou que a capacidade do aeroporto sofreu duas reduções em 2001 e 2007, após acidente com um avião que transportava malotes bancários e do avião da TAM, respectivamente, "em uma reação circunstancial e compreensível", mas garantiu que há possibilidade de essa capacidade crescer novamente.
"Garantimos que é o momento de começar a rever esse gargalo", disse. De acordo com o executivo, a capacidade de Congonhas é para 54 movimentos de pouso e decolagem por hora, mas atualmente está em 34 movimentos por hora.
A Abear defende um aumento na capacidade do aeroporto em detrimento da proposta da Secretaria de Aviação Civil (SAC), de alocação dos espaços de pousos e decolagens do aeroporto de modo "que um terço da redistribuição total possível de slots (...) seja de fato redistribuída a cada ano".
Atualmente, TAM e Gol detém a maioria dos slots do aeroporto, mas outras empresas aéreas têm interesse em elevar a participação em voos que partem e chegam em Congonhas.
No início do mês, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) iniciou uma audiência pública para discussão sobre novos procedimentos de utilização dos slots em aeroportos que operem no limite de sua capacidade.
Interesse de pequenas
Nenhuma decisão foi tomada, mas empresas menores já demonstram interesse em elevar a presença em Congonhas.
A Azul Linhas Aéreas quer aumentar o número de seus slots no aeroporto, apesar de ressaltar que manterá o foco em Viracopos, em Campinas. A empresa mantém apenas um voo semanal a partir de Congonhas, até Santos Dumont, no Rio de Janeiro, na esperança de solicitar novas permissões de voos no local.
"A gente sabe que as empresas que operam (no aeroporto) têm o direito de solicitar até 80 por cento dos novos slots, ficando os 20 por cento restantes para novas empresas. Nós não achamos essa regra ideal, mas por isso que nós mantemos esse voo", afirmou o diretor de comunicação e marca da Azul, Gianfranco Beting, à Reuters.
Para ele, é necessário criar um mecanismo que permita as empresas de menor porte igualdade de oferta nos slots que vão ser oferecidos, para criar competição em aeroportos centrais.
"Simplesmente fornecer slots no fim de semana, da maneira como vem sendo hoje, não interessa a ninguém." Segundo o executivo, o interesse da Azul em Congonhas é principalmente para a rota São Paulo - Rio de Janeiro.
"Qualquer pessoa sabe que para uma companhia aérea realmente poder competir em pé de igualdade, ela tem que ter oportunidade de participar dessa rota que é conhecida como o filé mignon da aviação brasileira, que é a rota que chamamos de ponte aérea Rio -São Paulo", disse.
Assim como a Abear, Beting defendeu o aumento da capacidade de voos em Congonhas, mas evitou comentar a proposta feita pela SAC, de redistribuição dos slots atuais.
"O slot, uma vez conquistado, é direito da empresa que o conquistou, desde que o utilize plenamente".