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Aécio se diz a "maior vítima de ataques na internet"

Em tom de ironia, afirmou que o slogan oficial deveria ser trocado para "o governo em que ninguém sabe de nada"

Aécio Neves (PSDB): "Todas as denúncias têm que ser investigadas e, se forem comprovadas, deve haver punição exemplar." (AFP/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 11 de agosto de 2014 às 06h38.

Rio - O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves , disse neste domingo, 10, que é a "maior vítima de ataques covardes na internet" e pediu empenho da presidente Dilma Rousseff na investigação do uso de computadores do Palácio do Planalto para alterar perfis de jornalistas na enciclopédia virtual Wikipedia.

Em tom de ironia, afirmou que o slogan oficial deveria ser trocado para "o governo em que ninguém sabe de nada". Aécio lembrou o episódio em que petistas presos pela Polícia Federal quando tentavam comprar um dossiê contra o tucano José Serra, na eleição de 2006, foram chamados de "aloprados" pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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"A visão de setores do PT de que são donos do Estado acaba ultrapassando todos os limites e eles começam a querer ser donos das biografias, da vida das pessoas. Ninguém é mais vítima desses ataques covardes na internet que eu (...) Essa sempre foi uma arma de setores do PT, vamos lembrar dos aloprados. Vou restabelecer uma ação republicana do governo federal. Espero que a presidente da República ajude nessas apurações, senão vamos ter que trocar o slogan do governo para 'o governo em que ninguém sabe de nada'", declarou Aécio.

Segundo o jornal O Globo, um computador ligado à rede do Palácio do Planalto foi usado para modificar os perfis dos jornalistas Carlos Alberto Sardenberg e Miriam Leitão na Wikipedia. Aécio também pediu investigação profunda das denúncias da ex-contadora do doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato, de que o esquema de caixa 2 e lavagem de dinheiro beneficiou pelo menos três partidos - PMDB, PT e PP.

"Todas as denúncias têm que ser investigadas e, se forem comprovadas, deve haver punição exemplar. Causam perplexidade em todos nós. O Brasil não pode viver mais no país da impunidade", declarou.

No Dia dos Pais, o tucano foi à maternidade Perinatal com a mulher, Letícia Weber, buscar o filho Bernardo, que nasceu prematuro no dia 7 de junho e teve alta na tarde deste domingo. A gêmea Julia está em casa desde 22 de julho.

"É o dia mais feliz da minha vida. Estou com a alma leve", comemorou Aécio na porta da maternidade. O senador anunciou que apresentará um projeto de lei que dê às mães de filhos prematuros o direito de contar a licença-maternidade somente a partir do dia que os filhos tiverem alta hospitalar e forem para casa. Também prometeu, se eleito, ampliar da rede de UTI neonatal no País. "Foi uma luta enorme. O amor dos pais é essencial para que os filhos se recuperem. Já sou um grande vitorioso", disse o candidato, que brincou com o fato de Bernardo ser louro e Julia, morena. "Se me virem andando com o Bernardo no calçadão, assim lourinho, vão achar que raptei o menino", disse.

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