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Aécio quer Maia; Onyx sob pressão…

Procuradores pelas Dez Medidas Um grupo de procuradores da República de Curitiba e de Brasília reuniram-se nesta segunda-feira com o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), relator dos projetos das Dez Medidas contra a Corrupção. Os representantes do Ministério Público pedem que seja retirada do pacote a proposta de criação de crime de responsabilidade contra promotores, […]

RODRIGO MAIA: ele recebeu apoio do senador Aécio Neves para tentar uma reeleição, caso isso seja possível juridicamente / José Cruz/ Agência Brasil

RODRIGO MAIA: ele recebeu apoio do senador Aécio Neves para tentar uma reeleição, caso isso seja possível juridicamente / José Cruz/ Agência Brasil

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Da Redação

Publicado em 14 de novembro de 2016 às 17h48.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h30.

Procuradores pelas Dez Medidas

Um grupo de procuradores da República de Curitiba e de Brasília reuniram-se nesta segunda-feira com o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), relator dos projetos das Dez Medidas contra a Corrupção. Os representantes do Ministério Público pedem que seja retirada do pacote a proposta de criação de crime de responsabilidade contra promotores, procuradores e juízes. O item não estava no projeto original, enviado pelo próprio MP ao Congresso, e foi colocado pelos deputados durante as discussões sobre o assunto. Para os procuradores, essa seria uma forma de tentar controlar as investigações, principalmente de crimes complexos, que são mais sujeitos a erros e pressões.

Relatório de Onyx pode mudar

O presidente da comissão que cuida das Dez Medidas, Joaquim Passarinho (PSD-PA), admitiu que o relatório do deputado Onyx Lorenzoni pode ser modificado. O ponto seria exatamente o discutido entre Onyx e os procuradores do Ministério Público, aquele que trata dos crimes de responsabilidade contra magistrados, procuradores e promotores. Passarinho não indicou quais alterações seriam feitas no relatório e não deixou claro se elas seriam no texto ou no conteúdo do projeto. A votação do relatório deverá ocorrer na tarde da quarta-feira 16.

Kátia Abreu, relatora dos supersalários

A senadora Kátia Abreu, relatora da Comissão Especial que analisará os supersalários em todas as esferas do poder público, declarou nesta segunda-feira que não promoverá uma “caça às bruxas”. A comissão foi criada por Renan Calheiros e foi vista como uma retaliação ao Judiciário, no qual se concentra a maior parte dos salários que superam o teto do funcionalismo, de 33.700 reais. A senadora disse que não fará um trabalho para “desmoralizar” os poderes. Ela marcou audiência com os presidentes do Executivo, do Legislativo e do Judiciário e, dessas audiências, deve sair a proposta para regular melhor os salários. A intenção é reduzir ao mínimo possível o número de benefícios que não entram na conta do teto salarial.

Aécio quer Maia na Câmara

O presidente do PSDB, senador Aécio Neves, defende o apoio à reeleição do atual presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), caso isso seja possível juridicamente. Existe a dúvida se Maia pode se candidatar novamente porque a Constituição veda a reeleição de membros das mesas diretoras da Câmara e do Senado, mas Maia argumenta que, como foi eleito para um mandato tampão, teria esse direito. Nos bastidores, Aécio diz que essa seria uma forma de não aumentar o racha dentro de seu partido, o PSDB, cuja liderança é dividida entre ele próprio, o ministro José Serra e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Neste fim de semana, o presidente do Senado, Renan Calheiros, também se mostrou favorável a manter Maia no cargo. Por outro lado, os partidos do centrão estão dispostos a lançar um candidato próprio.

Toffoli fora de relatório?

O juiz Sergio Moro mandou a Polícia Federal retirar o nome do ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli do relatório que analisa materiais apreendidos pela Operação Lava-Jato. Mais especificamente, Moro disse que a citação feita ao nome de Toffoli “não tem base empírica e é temerária”, uma vez que o nome do ministro apenas estava presente numa agenda telefônica de Maurício Bumlai, filho de José Carlos Bumlai, condenado pela Lava-Jato. “O fato de algum investigado possuir, em sua agenda, números de telefone de autoridades públicas não significa que ele tenha qualquer influência sobre essas autoridades”, disse Moro.

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