Aécio pretende discutir modelos para exploração de petróleo
Candidato afirmou que quer ouvir a sociedade brasileira e eventualmente voltar a utilizar o regime de concessões
Da Redação
Publicado em 23 de setembro de 2014 às 09h40.
São Paulo - O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves , disse que pretende discutir com a sociedade os modelos para a exploração dos campos de petróleo a serem leiloados no futuro, e afirmou que o regime de concessões trouxe empresas para investir no Brasil e permitiu aumento da produção.
"É claro que aquilo que já foi concedido, que já está contratado, será contratado pelo modelo atual", assegurou o tucano em entrevista ao Bom Dia Brasil, da TV Globo, que foi ao ar nesta terça-feira.
"Mas eu quero ouvir a sociedade brasileira se, em determinados casos, o modelo de concessões, que foi um modelo que trouxe mais de 70 empresas para investir no Brasil e permitiu um aumento grande da produção de petróleo em todo aquele período, não possa também ser um modelo que possa voltar a ser executado em determinados casos", disse.
Aécio classificou a troca do modelo de concessão para o de partilha como "uma mudança muito mais de viés ideológico do que prático", e se disse preocupado com a capacidade da Petrobras de fazer os investimentos necessários.
"O que me preocupa em relação à partilha é a capacidade da Petrobras de fazer no tempo adequado o volume de investimentos que está demandada a fazer, que é obrigado a fazer", disse.
O modelo de concessões foi substituído pelo governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo modelo de partilha, após a descoberta de grandes reservas de petróleo na camada pré-sal.
Na entrevista, Aécio voltou a avaliar que o governo da presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, "fracassou" e que a candidata do PSB, Marina Silva, não reuniu as condições para governar.
Ele disse ainda que divulgará seu programa de governo nos próximos dias e repetiu que a sua candidatura é a única capaz de mudar o Brasil.
"Não será um programa de governo feito a lápis para que se passe uma borracha por cima dele diante de um contencioso", afirmou.