Brasil

Aécio ironiza escolha de Temer para articulação política

O senador ironizou a escolha do vice-presidente para a articulação e disse que "Dilma introduziu a renúncia branca"


	Senador Aécio Neves: "ela delegou a coordenação política ao vice que desprezou. E ainda é refém dos presidentes da Câmara e do Senado"
 (Geraldo Magela/Agência Senado)

Senador Aécio Neves: "ela delegou a coordenação política ao vice que desprezou. E ainda é refém dos presidentes da Câmara e do Senado" (Geraldo Magela/Agência Senado)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2015 às 17h20.

Brasília - O senador Aécio Neves (MG), presidente nacional do PSDB, ironizou a escolha do vice-presidente, Michel Temer (PMDB-SP), como novo coordenador político do governo Dilma Rousseff (PT).

"Dilma introduziu a renúncia branca. Há um interventor na economia que pratica tudo aquilo que ela combateu no primeiro mandato. E ela delegou a coordenação política ao vice que desprezou. E ainda é refém dos presidentes da Câmara e do Senado", disse, em referência também ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, principal defensor do ajuste fiscal, ao deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e ao senador Renan Calheiros (PMDB-AL).

Na saída de reunião da Executiva Nacional do PSDB, nesta quarta-feira, 8, em Brasília, Aécio também rebateu as declarações feitas na segunda-feira, 6, pelo governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT).

O petista apresentou dados de uma auditoria nas contas do governo estadual e classificou a situação orçamentária como "grave" e culpou as gestões anteriores - o PSDB governou o Estado nos últimos 12 anos. "Isso foi uma grande encenação de um governo que não começou. Um atestado de fracasso", afirmou. "Quem dirige olhando pelo retrovisor corre o risco de bater forte. E, no caso do PT, ter perda total".

PSDB

No encontro da Executiva, o PSDB decidiu fazer uma intervenção nos diretórios estaduais e municipais que não se empenharam nas campanhas de 2014. Ficou estabelecida na reunião uma "cláusula de desempenho" para os diretórios da sigla: aqueles que não obtiveram 6% dos votos válidos do Estado ou do município, o que equivale à metade da média de desempenho do PSDB, não estão autorizados a fazer suas convenções e terão suas direções renovadas. "Percebemos em determinados diretórios que não houve empenho com as candidaturas colocadas pelo partido. Queremos acabar com os cartórios que existem no PSDB", afirmou Aécio.

A expectativa da cúpula tucana é que pelo menos 30% dos diretórios municipais do partido passarão por uma troca no comando.

Também no encontro, o PSDB definiu que lançará no próximo dia 5 uma ampla campanha de filiação que será focada em dois segmentos: os jovens de 16 a 24 anos e as mulheres.

Protestos

Quando questionado se participa nas manifestações contra a presidente Dilma Rousseff (PT) convocadas para o próximo dia 12, Aécio afirmou que está "avaliando". Durante o encontro, vários dirigentes tucanos cobraram a participação do senador nos protestos.

Nos protestos do dia 15 de março, Aécio chegou a divulgar nas redes sociais um vídeo em que convocava a população para as ruas, mas não participou dos atos. Foi fotografado falando ao telefone e acompanhando a manifestação da janela de seu apartamento no bairro de Ipanema, na zona sul do Rio.

Depois, em um outro vídeo, justificou a ausência. "Depois de refletir muito, optei por não estar nas ruas neste domingo, para deixar muito claro quem é o grande protagonista destas manifestações. E ele é o povo brasileiro, o povo cansado de tantos desmandos, de tanta corrupção", disse.

Acompanhe tudo sobre:aecio-nevesDilma RousseffMDB – Movimento Democrático BrasileiroMichel TemerPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Risco de desabamento suspende buscas na ponte entre Maranhão e Tocantins

Rio usa drone para monitorar Réveillon, identificar foragidos e flagrar crimes na cidade

Queda no desemprego em 2024 é consistente, diz coordenadora do IBGE

Processo de extradição de Oswaldo Eustáquio avança na Espanha