O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, faz sinal de positivo em campanha na cidade de Santos (Paulo Whitaker/Reuters)
Da Redação
Publicado em 16 de setembro de 2014 às 18h50.
São Paulo - O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, disse nesta terça-feira que "avaliações internas" feitas pela sua campanha apontam para recuperação de sua candidatura na disputa eleitoral e repetiu que estará no segundo turno da corrida presidencial.
O tucano voltou a apontar o que avalia serem incoerências no passado da candidata do PSB, Marina Silva, em relação ao que defende nessas eleições e mostrou aos jornalistas uma série de depoimentos de apoio de políticos, artistas e esportistas no que chamou de "arrancada" final.
"Eu acho que chegou, e as pesquisas começam a mostrar isso, as nossas avaliações mostram isso e vocês vão perceber isso nos próximos dias, que as pessoas estão querendo saber com clareza em quem estão votando... e na hora que o componente razão superar, pelo menos em parte, o componente emoção, quem vai estar no segundo turno, pelo bem do Brasil, somos nós", assegurou.
Uma fonte ligada à campanha tucana disse à Reuters que os trackings --pesquisas feitas diariamente para identificar tendências na opinião do eleitorado-- têm mostrado crescimento de Aécio, especialmente em São Paulo, em cima de Marina.
Ainda de acordo com essa fonte, é possível que o próximo levantamento do Ibope, que deve ser divulgado nesta terça-feira, ainda não aponte este crescimento, dada a diferença dos dias em que o instituto foi a campo, o que teria feito com que esse movimento não fosse detectado.
Atualmente, o tucano aparece em uma distante terceira posição nas pesquisas de intenção de voto, estacionando no patamar de 15 por cento da preferência do eleitorado.
"Vamos aguardar os próximos dias para ver se saltamos dos 15 pontos", disse o candidato com ar confiante.
Aécio aproveitou ainda para continuar buscando colar em Marina o seu passado petista, ao mesmo tempo que criticou os ataques feitos à candidata do PSB pela campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).
"Não adiante querermos criar um personagem às vésperas das eleições", disse em uma referência a Marina. "Nós não precisamos adaptar as nossas propostas às conveniências do momento."
Aécio garantiu que seu programa de governo será divulgado "seguramente" antes das eleições e que não será "escrito a lápis, mas sim a caneta" numa referência a mudanças feitas por Marina em seu programa de governo 24 horas após seu lançamento.
Na ocasião, a candidata do PSB alegou que a alteração tinha sido necessário para corrigir uma falha de "editoração" e não para mudar um posicionamento.
"O nosso programa de governo não será feito a lápis, será feito a caneta e ele reproduz exatamente aquilo que nós pregamos e praticamos ao longo da nossa vida."