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Advogado diz que Cachoeira descansa em praia da Bahia

O contraventor estaria, com autorização da justiça, recuperando-se do trauma da prisão, afirmou seu advogado

Carlinhos Cachoeira com sua mulher, Andressa Mendonça: após seu casamento no fim do ano passado, Cachoeira viajou para um resort de luxo na Bahia (José Cruz/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de janeiro de 2013 às 21h01.

Brasília - Condenado a quase 40 anos de prisão por corrupção, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, entre outros crimes, o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira , está descansando numa praia paradisíaca do litoral baiano, "por recomendações médicas" e "autorizado pela Justiça", informou nesta segunda-feira seu advogado, Nabor Bulhões. Cachoeira, que recorreu da condenação, segundo o advogado, tem permissão para transitar dentro do território nacional, bastando que comunique o deslocamento à Justiça, o que ele fez.

"Ele está se tratando do quadro depressivo agudo que o acometeu após a longa internação de nove meses (no presídio da Papuda, em Brasília) longe do convívio familiar", disse Nabor, lembrando que a "comida péssima", num "local horroroso", agravou o estado de saúde do cliente. "Não à toa, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que preferia morrer a ficar num presídio medieval do Brasil", lembrou. "Por causa da condição insalubre, ele ficou desidratado e desenvolveu transtorno bipolar, além de problemas cardiológicos", completou.

Nabor relatou que, dias depois de ser solto, em dezembro, Cachoeira, teve uma crise aguda de saúde, precisando ser internado. "No boletim, os médicos diagnosticaram quadro depressivo e debilidade física em razão da má alimentação, reclusão prolongada e privação do convívio familiar da prisão. Isso desencadeou um quadro de disfunção biofisiológica e psicológica. Os médicos, inclusive, recomendaram mais tempo de recuperação no hospital, mas ele preferiu voltar para casa", relatou.

Solto por habeas-corpus para que possa recorrer em liberdade, Cachoeira casou-se no fim de ano com Andressa Mendonça e viajou em lua-de-mel para um resort de luxo na praia de Maraú, no litoral baiano. Segundo o advogado, Cachoeira não violou qualquer norma. "Por ocasião do casamento, os médicos recomendaram que ele buscasse um local tranquilo, preferencialmente uma praia isolada, para se recuperar do terrível suplício na prisão", explicou. "Ele buscou um local afastado, mas a imprensa o perseguiu. Ele foi descoberto e perdeu a privacidade. Sua vida virou um inferno."


Enquanto a condenação de Cachoeira não estiver concluída o trânsito em julgado, ele está proibido de viajar para o exterior - inclusive recolheu o passaporte - mas pode viajar para qualquer parte do território nacional. Basta para isso que faça uma declaração em cartório - citando o local para onde viajará e o tempo de ausência - e a entregue ao juizado da comarca de Goiânia, onde foi condenado.

Sobre o aparente bem-estar exibido nas fotos em que Cachoeira aparece de pele bronzeada vendendo saúde e com ar jovial ao lado da jovem mulher, Nabor tem uma explicação: "Ele está em plena recuperação do trauma, ao lado da mulher e no convívio familiar. Agora o quadro é outro bem diferente daquele de depressão na prisão".

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Brasília - Condenado a quase 40 anos de prisão por corrupção, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, entre outros crimes, o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira , está descansando numa praia paradisíaca do litoral baiano, "por recomendações médicas" e "autorizado pela Justiça", informou nesta segunda-feira seu advogado, Nabor Bulhões. Cachoeira, que recorreu da condenação, segundo o advogado, tem permissão para transitar dentro do território nacional, bastando que comunique o deslocamento à Justiça, o que ele fez.

"Ele está se tratando do quadro depressivo agudo que o acometeu após a longa internação de nove meses (no presídio da Papuda, em Brasília) longe do convívio familiar", disse Nabor, lembrando que a "comida péssima", num "local horroroso", agravou o estado de saúde do cliente. "Não à toa, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que preferia morrer a ficar num presídio medieval do Brasil", lembrou. "Por causa da condição insalubre, ele ficou desidratado e desenvolveu transtorno bipolar, além de problemas cardiológicos", completou.

Nabor relatou que, dias depois de ser solto, em dezembro, Cachoeira, teve uma crise aguda de saúde, precisando ser internado. "No boletim, os médicos diagnosticaram quadro depressivo e debilidade física em razão da má alimentação, reclusão prolongada e privação do convívio familiar da prisão. Isso desencadeou um quadro de disfunção biofisiológica e psicológica. Os médicos, inclusive, recomendaram mais tempo de recuperação no hospital, mas ele preferiu voltar para casa", relatou.

Solto por habeas-corpus para que possa recorrer em liberdade, Cachoeira casou-se no fim de ano com Andressa Mendonça e viajou em lua-de-mel para um resort de luxo na praia de Maraú, no litoral baiano. Segundo o advogado, Cachoeira não violou qualquer norma. "Por ocasião do casamento, os médicos recomendaram que ele buscasse um local tranquilo, preferencialmente uma praia isolada, para se recuperar do terrível suplício na prisão", explicou. "Ele buscou um local afastado, mas a imprensa o perseguiu. Ele foi descoberto e perdeu a privacidade. Sua vida virou um inferno."


Enquanto a condenação de Cachoeira não estiver concluída o trânsito em julgado, ele está proibido de viajar para o exterior - inclusive recolheu o passaporte - mas pode viajar para qualquer parte do território nacional. Basta para isso que faça uma declaração em cartório - citando o local para onde viajará e o tempo de ausência - e a entregue ao juizado da comarca de Goiânia, onde foi condenado.

Sobre o aparente bem-estar exibido nas fotos em que Cachoeira aparece de pele bronzeada vendendo saúde e com ar jovial ao lado da jovem mulher, Nabor tem uma explicação: "Ele está em plena recuperação do trauma, ao lado da mulher e no convívio familiar. Agora o quadro é outro bem diferente daquele de depressão na prisão".

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