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Advogado de Argôlo diz que blefou em jantar

"Ela (ex-contadora de Alberto Youssef) queria armar e gravar com o deputado (Argôlo) e a conversa toda foi um blefe", disse o advogado Aluísio Lundgren

Luiz Argôlo: deputado responde a um processo por quebra de decoro parlamentar (Lúcio Bernardo Jr./Agência Câmara/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2014 às 16h55.

Brasília - O advogado do deputado Luiz Argôlo (SD-BA), Aluísio Lundgren, disse nesta quarta-feira que blefou no jantar que teve com a ex-contadora de Alberto Youssef, Meire Bonfim da Silva Poza.

"Ela queria armar e gravar com o deputado (Argôlo) e a conversa toda foi um blefe", disse Lundgren ao Broadcast Político, serviço da Agência Estado de notícias em tempo real.

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O deputado do Solidariedade responde a um processo por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética da Câmara por seu envolvimento com Youssef, que está preso no âmbito da operação Lava Jato - que investiga esquema de lavagem de dinheiro que pode ter chegado a R$ 10 bilhões.

Hoje pela manhã, Meire Poza concedeu uma coletiva de imprensa na Câmara e apresentou trecho de uma gravação do encontro que manteve com o defensor de Argôlo em São Paulo.

Nela, Lundgren diz que "os deputados sabem que o Argôlo não é santo" e que "os deputados sabem que ele teve algum envolvimento com o Youssef".

Em resposta, Lundgren afirmou que estava blefando e que aceitou se encontrar com Meire para preservar seu cliente, uma vez que a contadora teria pedido que o encontro fosse com o próprio Argôlo.

"Ela queria gravar o deputado e envolvê-lo. Eu fui para saber o que de fato ela queria", disse o advogado.

Ele alegou ainda que, nesse encontro, Meire pediu R$ 250 mil ao parlamentar para saldar contas, o que a ex-contadora nega.

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