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Adversários não podem se comparar a governo, diz Dilma

A presidente comparou as ações dos governos petistas, iniciados com Luiz Inácio Lula da Silva em 2002, com os anteriores e rebateu os críticos da gestão atual

A presidente Dilma Rousseff ao lado de mulher vestida com máscara de seu rosto (Ichiro Guerra/Divulgação/Dilma Rousseff)
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Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2014 às 14h32.

Porto Alegre - A presidente Dilma Rousseff admitiu hoje que o acesso às especialidades ainda é um "problema grave" da saúde pública, insistiu nas comparações com gestões anteriores às do PT , provocou os adversários dizendo que eles não podem se comparar ao governo e afirmou que acreditar no País é obrigação dos brasileiros em regime democrático, durante discurso para cerca de 200 apoiadores neste sábado, no Centro de Eventos do Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre.

O ato político suprapartidário reuniu prefeitos, vice-prefeitos e vereadores de partidos que estão na campanha da presidente e também dissidências de concorrentes. Além do PT, estavam presentes filiados ao PMDB, PROS, PTC, DEM, PRB, PSB, PPL, PP, PTB, PDT e PR.

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Dirigindo-se ao público, formado por prefeitos, vice-prefeitos e candidatos a cargos eletivos neste ano, Dilma destacou a participação dos municípios nos programas sócias, sustentando que iniciativas como o Bolsa Família, o Minha Casa, Minha Vida e o Mais Médicos, entre outros, só funcionam com a participação das prefeituras.

Enquanto citava a contratação de 14,4 mil médicos para dar assistência básica a 50 milhões de brasileiros, Dilma reconheceu que o País ainda tem de resolver o "problema grave" do acesso às especialidades.

"Ainda temos de dar muitos passos para criar um sistema de saúde de qualidade; temos de enfrentar o problema do acesso às especialidades, ao médico do coração, ao médico do pulmão, aos exames laboratoriais", avaliou, para afirmar que já foi dado "um passo imenso" com o Mais Médicos.

Em diversos momentos do discurso de 35 minutos, a presidente comparou as ações dos governos petistas, iniciados com Luiz Inácio Lula da Silva em 2002, com os anteriores e rebateu os críticos da gestão atual.

"Antes da Copa do Mundo difundiram que o Brasil não tinha condições de fazer uma Copa à altura do Pais. Mentira! Fizemos a Copa das Copas e quem fez foi o governo federal e os governos estaduais, prefeituras de cidades-sede e o povo brasileiro, que deu show. Nós ganhamos de goleada fora do campo, infelizmente perdemos no campo", comentou, sobre o maior evento do futebol mundial. "Eles diziam que fazer o Pólo Naval era ideia mirabolante, hoje temos quatro estaleiros no Rio Grande do Sul", prosseguiu.

Na sequência, Dilma repetiu a acusação que vem fazendo, sem citar nome, ao governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), de ter quebrado o Brasil três vezes diante de crises internacionais por não ter reservas financeiras suficientes e seguir o receituário recessivo de cortar salários e empregos e aumentar tributos e tarifas.

Dilma sustentou que nas gestões petistas o Brasil aumentou suas reservas de US$ 38 bilhões para US$ 380 bilhões e pode "se dar ao luxo absoluto" de enfrentar a atual crise financeira internacional "garantindo emprego, assegurando salário e investindo em infraestrutura".

A presidente previu ainda que o Brasil terá um novo ciclo de crescimento, que "foi plantado agora" com o ensino profissionalizante do Pronatec, concessões rodoviárias, ferroviárias, aeroportuárias e portuárias e investimentos em mobilidade urbana. Prevendo a necessidade de mais investimentos no futuro, Dilma voltou a cutucar os concorrentes afirmando que é a mais habilitada a tocar os projetos. "Nós fizemos; quem não fez não pode se comparar conosco", reiterou.

No discurso, Dilma voltou a manifestar convicção de que a corrida eleitoral vai mostrar aquilo que a população ainda não sabe das realizações de seu governo. "Essa campanha vai colocar a verdade contra a desinformação, a ocultação de informações e a mentira a respeito do que fez o governo federal", comentou. "Quando o Lula venceu pela primeira vez era a esperança venceu o medo, agora é a verdade vai vencer a mentira e a desinformação".

Ao final, Dilma conclamou o público ao otimismo. "Nós acreditamos no Brasil dentro da cadeia, sendo torturados", lembrou, sobre os tempos em que ficou presa por combater a ditadura militar. "Acreditar no Brasil na democracia é obrigação do cidadão brasileiro", concluiu.

Além do encontro com os apoiadores de diversos partidos, Dilma programou uma visita à BR-448, na região metropolitana de Porto Alegre, para este sábado.

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