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Admissão de Graça Foster é importante, diz Campos

Pré-candidato à Presidência disse considerar importante o reconhecimento público de que a compra da refinaria de Pasadena tenha sido um mau negócio


	Eduardo Campos (PSB-PE): político cobrou que sejam tomadas providências a partir do reconhecimento sobre a refinaria
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Eduardo Campos (PSB-PE): político cobrou que sejam tomadas providências a partir do reconhecimento sobre a refinaria (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2014 às 23h11.

Rio - O pré-candidato à Presidência da República pelo PSB, Eduardo Campos, disse nesta terça-feira, 15, considerar importante o reconhecimento público feito pela presidente da Petrobras, Graça Foster, de que a compra da refinaria de Pasadena tenha sido um mau negócio.

Mas ele cobrou que sejam tomadas providências a partir desse reconhecimento. Campos evitou aprofundar os comentários alegando não ter acompanhado o depoimento prestado pela presidente da Petrobras durante audiência no Senado.

Eduardo Campos fez à noite uma palestra para estudantes da Universidade Estácio de Sá, na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio). No primeiro evento público após formalizar sua pré-candidatura à Presidência, o ex-governador de Pernambuco disse que o Brasil enfrenta uma "crise de expectativa e confiança".

"Temos nações, mundo afora, com a mesma expressão econômica e política que o Brasil (e) que têm fundamentos econômicos mais débeis. O problema do Brasil é crise de expectativa e confiança. As pessoas, os agentes sociais e econômicos, têm necessidade de saber qual é a estratégia, qual é o rumo. A gente hoje não percebe que haja estratégias de longo prazo, como grandes blocos e nações estão apresentando", afirmou Campos durante a primeira edição do evento "Presidenciáveis: Ciclo de Debates sobre o Futuro do Brasil", promovido pela universidade.

Na palestra, Campos explorou temas levantados durante as manifestações de rua promovidas no ano passado, como mobilidade urbana e saúde e segurança públicas. Ele disse que, para haver mudanças nessas áreas, é preciso um novo pacto político.

"Não dá para fazer um novo ciclo com a velha política. É preciso mudar as pessoas que já deram o que tinham que dar ou que nunca deram efetivamente nada, só tiraram da política. É preciso colocar o fisiologismo, o patrimonialismo na oposição". Para ele, a qualidade de vida deve ser a "grande bandeira, símbolo de mudança".

Perguntado sobre o impacto da Copa do Mundo sobre os brasileiros, Campos disse que as mudanças esperadas em função da Copa provavelmente não vão se concretizar.

"A sociedade não quer dizer que não gosta de futebol, não vá torcer pela seleção. O recado que está colocado com clareza é que o futebol não é o assunto número um para a população. É preciso melhorar os serviços de saúde, educação, transporte coletivo e segurança", disse o candidato, fazendo eco às manifestações de rua.

Ao fim do evento, Campos tirou fotos com alunos e recebeu presentes.

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