Líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (Divulgação/Câmara dos Deputados)
Da Redação
Publicado em 6 de outubro de 2015 às 17h38.
Brasília - O adiamento da sessão do Congresso desta terça-feira que analisaria vetos presidenciais deve-se muito mais a uma questão interna do Parlamento do que a uma insatisfação com o governo, avaliou o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (PMDB-RJ).
O deputado explicou que algumas bancadas, inclusive da base, orientaram seus integrantes a não marcarem presença na sessão do Congresso para forçar o Senado a votar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que trata, entre outros temas, do financiamento empresarial de campanha.
“Não era uma insatisfação como governo, era uma cobrança ao presidente do Senado Federal para que o Senado vote, conclua a votação da PEC que trata da reforma política. Era uma questão interna do Congresso Nacional, não tinha a ver com o governo propriamente dito e reafirmo que nem esta é uma questão do PMDB”, disse Picciani a jornalistas, acrescentando que a maioria de sua bancada registrou presença.
O líder avalia ainda que a falta de quórum também deveu-se, em parte, ao horário, já que os parlamentares começam a chegar em Brasília no início da tarde.
“Existem alguns detalhes de logística que são insuperáveis, horários restritos de voos, e de lugares também”, explicou.
Picciani, assim como o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), acredita que haverá quórum e votos suficientes para a manutenção dos vetos na sessão do Congresso convocada para a quarta-feira.
“Amanhã vocês vão ver, o governo vai botar o quórum para encerrar essa contenda”, afirmou.