Exame Logo

Acusado que Gilmar Mendes soltou vai se entregar

Rogério Onofre foi alvo de um novo mandado de prisão do juiz federal Marcelo Bretas na Operação Ponto Final

Gilmar Mendes: Onofre havia sido beneficiado pelo habeas corpus concedido por Gilmar (REUTERS/Ueslei Marcelino/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de agosto de 2017 às 13h51.

Última atualização em 26 de agosto de 2017 às 13h52.

São Paulo - O advogado Yuri Sahione, que defende o ex-presidente do Departamento de Transportes Rodoviários do Rio (Detro-RJ) Rogério Onofre vai se entregar. Ele é considerado foragido.

Após ser colocado em liberdade pelo ministro Gilmar Mendes , do Supremo Tribunal Federal (STF), Rogério Onofre foi alvo de um novo mandado de prisão do juiz federal Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal, do Rio, na Operação Ponto Final - desdobramento da Lava Jato que cercou a cúpula do Transporte no Rio.

Veja também

O ex-presidente do Detro foi preso em 3 de julho e libertado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, na terça-feira, 22. No dia seguinte, a Procuradoria da República, no Rio, pediu novamente a prisão por "ameaça de morte".

Segundo o defensor, Onofre "se sentiu inseguro após sair da cadeia".

Após ser beneficiado pelo habeas corpus concedido por Gilmar, o ex-presidente do Detro havia indicado sua casa, em Paraíba do Sul, no sul do estado do Rio, como endereço domiciliar. As medidas restritivas impostas pelo STF previam que ele deveria ficar lá à noite e nos finais de semana. Nesta sexta, porém, não foi encontrado no endereço.

O novo mandado de prisão foi decretado pelo juiz Marcelo Bretas no início da tarde. O magistrado justificou o pedido a "indícios suficientes que apontam para a autoria de crime de ameaça e possível delito de obstrução da Justiça".

O Ministério Público Federal informou a Bretas que às 7h da quarta, 23, a defesa do investigado Nuno Coelho entregou aos investigadores uma mensagem e um áudio, que continha a ameaça de Onofre - supostamente feita antes de o ex-presidente do Detro ser preso.

"Vê se você me arruma o meu dinheiro aí, dá um jeito, vocês não estão dando solução de nada, vocês não estão conversando, vocês têm imóveis aí não dão nada... Vocês ainda não foram...morreram... porque eu quero receber, mermão."

Acompanhe tudo sobre:Gilmar MendesOperação Lava JatoPrisões

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Brasil

Mais na Exame