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Acordo sobre Rio Doce mostra força do diálogo, diz Dilma

A presidente disse que as negociações foram feitas objetivamente em busca de soluções para a tragédia em Mariana


	Presidente Dilma Rousseff durante assinatura de ajustamento de conduta entre União, MG, ES e a Samarco
 (Valter Campanato/Agência Brasil)

Presidente Dilma Rousseff durante assinatura de ajustamento de conduta entre União, MG, ES e a Samarco (Valter Campanato/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 2 de março de 2016 às 21h32.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff citou o acordo assinado nesta quarta-feira (2) pela mineradora Samarco para recuperação dos danos causados com a tragédia em Mariana para argumentar favoravelmente ao diálogo na busca de uma solução para a crise econômica.

Ao discursar durante a assinatura do acordo, que prevê o pagamento total de R$ 4,1 bilhões em ações compensatórias e estima em R$ 20 bilhões a reparação dos danos, a presidente disse que as negociações foram feitas objetivamente em busca de soluções, com a disposição de se dialogar efetivamente e “sem perda de tempo”.

Segundo a presidente, o acordo assinado entre a mineradora, suas acionistas Vale e BHP e o Poder Público é uma demonstração de que, “quando todos querem, é possível superar crises e vencer grandes desafios”.

Dilma ressaltou também que a celeridade no processo só foi possível quando os governos e as empresas decidiram abdicar da via judicial, sem desrespeitar os direitos dos atingidos.

“A sociedade brasileira poderá olhar para Mariana, para Minas, e para o Espírito Santo, e indagar: 'Se eles conseguiram em quatro meses construir uma solução consensual, por que não se faz o mesmo com a crise econômica que afeta o país?', questionou, referindo-se ao tempo em que as partes ficaram discutindo o acordo.

A recuperação da Bacia do Rio Doce vai envolver uma série de ações ambientais, sociais e econômicas, que serão custeadas pela Samarco, após a União e os estados atingidos moverem uma ação civil pública contra a mineradora.

O acordo começa a valer de imediato, mas, a partir desta quinta-feira (3), as partes vão procurar a Justiça para a homologação.

Para Dilma, a negociação é um “marco no processo de reparação de danos às populações”, e a lição deve ser aprendida.

“Estamos fazendo história com este acordo. “Não cabem discussões intermináveis quando direitos precisam ser atendidos, e a vida das pessoas precisa voltar ao normal”, disse a presidente.

Antes da assinatura do documento, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse que esta etapa é apenas o começo das ações, e que agora é preciso colocá-las em prática.

Veja trechos do discurso da presidente na cerimônia de assinatura do acordo:

https://player.vimeo.com/video/157505336

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