A história do brasileiro que será executado na Indonésia
Marco Archer Cardoso Moreira deve ser executado neste sábado; ele foi condenado à pena capital em 2004 por tráfico de drogas, após entrar no país com cocaína.
Mariana Desidério
Publicado em 17 de janeiro de 2015 às 16h23.
São Paulo – Após onze anos no corredor da morte, o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira deve ser executado neste sábado na Indonésia .
Moreira foi condenado à pena capital em 2004, por tráfico de drogas . Ele tentou entrar no país asiático com 13,4 kg de cocaína escondidos em uma asa-delta.
O Itamaraty informou que o governo brasileiro "continua mobilizado, acompanhando estreitamente o caso e avalia todas as possibilidades de ação ainda abertas". O órgão diz que não vai divulgar as decisões tomadas no caso, para "preservar sua capacidade de atuação".
A presidente Dilma tentou contato telefônico com o presidente da Indonésia, mas até agora não teve sucesso. O Palácio do Planalto não confirma a informação.
Moreira é solteiro, não tem filhos e seus pais já morreram. Uma tia do brasileiro está a caminho da Indonésia para visitá-lo e deve chegar na sexta-feira.
De acordo com a revista Época, ela leva presentes, cartas e lembranças de amigos para Moreira. Carrega ainda um bacalhau português, a pedido do sobrinho.
Moreira foi transferido ontem para outra unidade prisional, onde ficará isolado até a data marcada para sua morte.
Instrutor de voo, ele afirma que tentou entrar no país com a droga pois precisava de dinheiro para pagar uma dívida com um hospital.
Desde a condenação, o governo brasileiro já fez os dois pedidos de clemência a que Moreira tinha direito.
O primeiro pedido foi rejeitado em 2006, pelo então presidente Susilo Bambang Yudhoyono. O segundo, feito em 2008, levou mais de cinco anos para receber uma resposta.
No final do ano passado, porém, o novo presidente do país, Joko Widodo, assumiu o cargo e anunciou que negaria todos os pedidos de clemência feitos por traficantes de drogas condenados à morte no país.
A Indonésia tem uma das legislações mais duras do mundo contra o tráfico de drogas. O argumento é que o crime prejudica as novas gerações do país.
A execução na Indonésia é feita por fuzilamento. Doze soldados atiram com rifles no peito do condenado, sendo que apenas duas armas são carregadas. Caso a pessoa sobreviva, leva um tiro na cabeça.
Existem no país 64 presos no corredor da morte. Dentre eles há outro brasileiro, o paranaense Rodrigo Muxfeldt Gularte, também condenado por tráfico. Na última sexta-feira, o pedido de clemência de Gularte também foi rejeitado pelo presidente Widodo.
Atualizado às 11h56
São Paulo – Após onze anos no corredor da morte, o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira deve ser executado neste sábado na Indonésia .
Moreira foi condenado à pena capital em 2004, por tráfico de drogas . Ele tentou entrar no país asiático com 13,4 kg de cocaína escondidos em uma asa-delta.
O Itamaraty informou que o governo brasileiro "continua mobilizado, acompanhando estreitamente o caso e avalia todas as possibilidades de ação ainda abertas". O órgão diz que não vai divulgar as decisões tomadas no caso, para "preservar sua capacidade de atuação".
A presidente Dilma tentou contato telefônico com o presidente da Indonésia, mas até agora não teve sucesso. O Palácio do Planalto não confirma a informação.
Moreira é solteiro, não tem filhos e seus pais já morreram. Uma tia do brasileiro está a caminho da Indonésia para visitá-lo e deve chegar na sexta-feira.
De acordo com a revista Época, ela leva presentes, cartas e lembranças de amigos para Moreira. Carrega ainda um bacalhau português, a pedido do sobrinho.
Moreira foi transferido ontem para outra unidade prisional, onde ficará isolado até a data marcada para sua morte.
Instrutor de voo, ele afirma que tentou entrar no país com a droga pois precisava de dinheiro para pagar uma dívida com um hospital.
Desde a condenação, o governo brasileiro já fez os dois pedidos de clemência a que Moreira tinha direito.
O primeiro pedido foi rejeitado em 2006, pelo então presidente Susilo Bambang Yudhoyono. O segundo, feito em 2008, levou mais de cinco anos para receber uma resposta.
No final do ano passado, porém, o novo presidente do país, Joko Widodo, assumiu o cargo e anunciou que negaria todos os pedidos de clemência feitos por traficantes de drogas condenados à morte no país.
A Indonésia tem uma das legislações mais duras do mundo contra o tráfico de drogas. O argumento é que o crime prejudica as novas gerações do país.
A execução na Indonésia é feita por fuzilamento. Doze soldados atiram com rifles no peito do condenado, sendo que apenas duas armas são carregadas. Caso a pessoa sobreviva, leva um tiro na cabeça.
Existem no país 64 presos no corredor da morte. Dentre eles há outro brasileiro, o paranaense Rodrigo Muxfeldt Gularte, também condenado por tráfico. Na última sexta-feira, o pedido de clemência de Gularte também foi rejeitado pelo presidente Widodo.
Atualizado às 11h56