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A família Picciani em apuros

Jorge Picciani teve a prisão decretada nesta quinta (16), as investigações agora se aproximam de seu filho Leonardo Picciani, o ministro do Esporte

Picciani: o presidente da Alerj se entregou à PF (foto/Divulgação)

Picciani: o presidente da Alerj se entregou à PF (foto/Divulgação)

EH

EXAME Hoje

Publicado em 16 de novembro de 2017 às 18h59.

Última atualização em 16 de novembro de 2017 às 21h31.

O presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Jorge Picciani (PMDB) foi preso nesta quinta-feira depois de determinação do Tribunal Regional Federal da 2ª Região.

O Ministério Público Federal havia pedido a prisão do deputado estadual junto com os colegas Edson Albertassi e de Paulo Melo por corrupção passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa e evasão de divisas.

O trio estaria envolvido com o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) no esquema de corrupção com a Fetranspor, em que havia pagamento de propina em troca de contratos de transporte público no estado.

A operação Cadeia Velha, desdobramento da Lava-Jato que apura o esquema, foi deflagrada na terça-feira. Picciani se entregou na sede da Polícia Federal às 16h43, acompanhado do seu advogado Nelio Machado.

Os cinco desembargadores do TRF-2 concordaram com a detenção dos deputados do PMDB do Rio. Para o crime de lavagem de dinheiro, foi expedida prisão em flagrante, com base no entendimento de que os suspeitos continuaram a cometer crimes.

Nesta sexta-feira, a Alerj fará uma sessão especial para decidir se chancela ou reverte a prisão dos parlamentares, assim como foi feito em plano nacional com o afastamento de Aécio Neves (PSDB-MG) do mandato de senador.

Além de “Picciani pai”, as investigações se aproximam de mais um de seus filhos. O ministro do Esporte, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), teria direcionado uma licitação de publicidade da pasta para favorecer a empresa Prole Propaganda. A acusação é feita por Renato Pereira, marqueteiro do PMDB.

A Prole foi classificada entre as duas vencedoras de uma conta de 55 milhões de reais, mas desistiu de prestar os serviços dias depois que Sérgio Cabral foi preso.

No lugar ficou a Calia Y2, terceira classificada na licitação e que pertence a Gustavo Mouco, irmão do marqueteiro do presidente Michel Temer, Elsinho Mouco.

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