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A esperada reunião do dia 17 chegou

Dentre tantas reuniões e grupos de trabalho montados para dar uma resposta à crise penitenciária no país, uma das mais esperadas acontece hoje. O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, receberá os secretários de segurança de todos os estados na tentativa evitar que novos motins e massacres aconteçam. Também devem ser discutidos o cronograma da liberação […]

REBELIÃO NO RN: o motim estourou entre o governo ter agendado a reunião e ela de fato acontecer / Avener Prado/Folhapress
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Da Redação

Publicado em 17 de janeiro de 2017 às 05h51.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h21.

Dentre tantas reuniões e grupos de trabalho montados para dar uma resposta à crise penitenciária no país, uma das mais esperadas acontece hoje. O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, receberá os secretários de segurança de todos os estados na tentativa evitar que novos motins e massacres aconteçam. Também devem ser discutidos o cronograma da liberação do dinheiro prometido aos estados pelo governo federal para melhorar o sistema penitenciário e pontos do Plano Nacional de Segurança Pública. Governadores fazem pressão para que o governo envie a Força Nacional para atuar dentro dos presídios, mas o Planalto, até aqui, não aceitou.

De reunião em reunião, muito pouco foi feito na prática para modificar a situação carcerária precária do país até aqui. E não é como se a bomba-relógio não estivesse anunciada, já que problemas entre facções acontecem em presídios do Norte do país pelo menos desde novembro. A reunião de hoje foi marcada no último dia 8, após a rebelião que resultou na morte de 33 presos em Roraima. Nesse meio tempo, um outro grande motim aconteceu.

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Nos 17 dias de 2017, já são 134 assassinatos dentro de penitenciárias – foram 372 mortes em 2016 –, os últimos 26 deles no presídio de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte. Mesmo com a polícia dentro do pátio do presídio, os detentos dominavam uma ala até a noite de ontem.

Na quarta-feira, é a vez de Michel Temer receber os governadores para tratar do assunto – e também para tentar dividir a responsabilidade sobre o caso. Ontem, ele disse que os cinco presídios federais anunciados na semana passada – ao custo de 40 milhões de reais cada – devem ser construídos até o final do ano (um prazo irreal sob qualquer ponto de vista). O único deles com local definido até agora está previsto para o Rio Grande do Sul.

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