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'A economia está pronta para o fim da escala 6x1', afirma Lula

Em coletiva, o presidente brasileiro ressalta que gostaria que a proposta de redução precisa sair de dirigentes sindicais e deve ser de iniciativa do Congresso

Lula: presidente defende o fim 6x1 (Ricardo Stuckert / PR/Divulgação)

Lula: presidente defende o fim 6x1 (Ricardo Stuckert / PR/Divulgação)

Paloma Lazzaro
Paloma Lazzaro

Estagiária de jornalismo

Publicado em 18 de dezembro de 2025 às 13h54.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira, 18, que a economia brasileira está pronta para o fim da escala 6x1, mas que apenas enviará uma proposta ao Congresso após os sindicatos enviarem suas demandas ao governo.

"O país está pronto e a economia está pronta para o fim da escala 6x1. Não há um único argumento que possa dizer que a sociedade brasileira não está pronta", afirmou o mandatário durante coletiva de imprensa. "Eu acho que o comércio está preparado, que a indústria está preparada, e os avanços tecnológicos permitem que façamos a redução da jornada de trabalho."

Histórico operário

Lula ressaltou seu histórico como operário e de atuação sindical. "Eu tive a sorte de ser dirigente sindical durante um bom tempo. Encabecei por muito tempo a luta pela redução da jornada de trabalho", afirmou.

Segundo o presidente, os avanços tecnológicos permitem o fim da escala 6x1. "Quando eu era presidente do sindicato da Volkswagen de São Bernado (na década de 1980), a fábrica tinha 44 mil trabalhadores e produzia 1200 carros por ano. Hoje ela só tem 12 mil e produz o dobro. Então, por que não reduzir a jornada de trabalho? ", disse.

'Preciso ser provocado'

Lula defendeu a medida, porém, afirmou que não irá ele mesmo enviar o projeto ao Legislativo. "Eu disse aos dirigentes sindicais 'eu não quero tomar iniciativa do poder Executivo e mandar um projeto de lei do governo'. Eu preciso ser provocado", disse.

Ele informou que tem dialogado com os sindicatos e incentivado a atuação direta dos trabalhadores nessa pauta, encabeçada no governo pela ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.

"Já pedi para os dirigentes sindicais que vão à porta da fábrica, façam a proposta e tragam para mim. Que vão ao conselhão, organizado pela Gleisi Hoffmann, e apresentem a proposta. Quando eu tiver essa proposta, eu mandarei para o Congresso nacional", afirmou.

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