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82% dos manifestantes de domingo votaram em Aécio Neves

Segundo pesquisa Datafolha, maioria dos manifestantes na avenida Paulista tinha renda entre 5 e mais de 20 salários mínimos e foi para a rua contra a corrupção.

Manifestante grita em protesto contra o governo de Dilma Rousseff realizado neste domingo (15) em São Paulo, na Avenida Paulista (REUTERS/Nacho Doce)

Mariana Desidério

Publicado em 17 de março de 2015 às 10h12.

São Paulo – Pesquisa Datafolha divulgada nesta terça-feira traçou o perfil dos manifestantes que foram para a rua no domingo, em protesto contra a presidente Dilma Rousseff . Segundo o levantamento, 82% dos manifestantes disseram ter votado em Aécio Neves (PSDB), candidato derrotado nas eleições presidenciais de 2014. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Segundo a pesquisa, 74% dos que foram para a rua em São Paulo nunca tinham participado de uma manifestação antes. Pelas contas do Datafolha, o protesto de domingo teve 210 mil pessoas. O instituto afirma ainda que 76% dos que lotaram a avenida Paulista no domingo tinham curso superior, e 68% tinha renda igual ou superior a 5 salários mínimos.

Ainda segundo o jornal, o principal motivo de protesto para a maioria dos manifestantes foi a corrupção – 47% foram para a rua contra os desvios de dinheiro público. O segundo principal motivo foi o impeachment da presidente Dilma, que mobilizou 27% dos participantes.

O perfil dos manifestantes foi diferente do encontrado na mesma avenida na sexta-feira, dia 13 de março, quando a Paulista recebeu uma manifestação organizada por CUT, MST e UNE, entre outras entidades.

O Datafolha também traçou o perfil de quem se manifestou nesta data, e encontrou uma maioria de eleitores de Dilma Rousseff -- 71% disseram ter votado na petista no segundo turno das eleições de 2014.

Segundo o instituto, o protesto de sexta reuniu 41 mil pessoas, sendo que 48% participavam de uma manifestação pela primeira vez.

Outra diferença é em relação à renda dos manifestantes. No protesto do dia 13, 62% das pessoas tinham renda de até 5 salários mínimos e apenas 33% recebiam acima deste valor.

Dentre esses manifestantes, o principal motivo para ir às ruas foi protestar contra a perda de direitos trabalhistas -- 25% foram ao ato por este motivo. A reivindicação de um aumento para os professores mobilizou 22% dos manifestantes, e a reforma política, 20%.

Apesar das diferenças, os dois grupos tinham pontos em comum. Segundo a Folha, a democracia foi defendida pelos manifestantes nos dois dias. Ambos também criticavam o Congresso Nacional. Dentre os que marcharam na sexta-feira, 61% avaliaram o Legislativo como ruim ou péssimo. No domingo esse número subiu para 77%.

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Segundo a pesquisa, 74% dos que foram para a rua em São Paulo nunca tinham participado de uma manifestação antes. Pelas contas do Datafolha, o protesto de domingo teve 210 mil pessoas. O instituto afirma ainda que 76% dos que lotaram a avenida Paulista no domingo tinham curso superior, e 68% tinha renda igual ou superior a 5 salários mínimos.

Ainda segundo o jornal, o principal motivo de protesto para a maioria dos manifestantes foi a corrupção – 47% foram para a rua contra os desvios de dinheiro público. O segundo principal motivo foi o impeachment da presidente Dilma, que mobilizou 27% dos participantes.

O perfil dos manifestantes foi diferente do encontrado na mesma avenida na sexta-feira, dia 13 de março, quando a Paulista recebeu uma manifestação organizada por CUT, MST e UNE, entre outras entidades.

O Datafolha também traçou o perfil de quem se manifestou nesta data, e encontrou uma maioria de eleitores de Dilma Rousseff -- 71% disseram ter votado na petista no segundo turno das eleições de 2014.

Segundo o instituto, o protesto de sexta reuniu 41 mil pessoas, sendo que 48% participavam de uma manifestação pela primeira vez.

Outra diferença é em relação à renda dos manifestantes. No protesto do dia 13, 62% das pessoas tinham renda de até 5 salários mínimos e apenas 33% recebiam acima deste valor.

Dentre esses manifestantes, o principal motivo para ir às ruas foi protestar contra a perda de direitos trabalhistas -- 25% foram ao ato por este motivo. A reivindicação de um aumento para os professores mobilizou 22% dos manifestantes, e a reforma política, 20%.

Apesar das diferenças, os dois grupos tinham pontos em comum. Segundo a Folha, a democracia foi defendida pelos manifestantes nos dois dias. Ambos também criticavam o Congresso Nacional. Dentre os que marcharam na sexta-feira, 61% avaliaram o Legislativo como ruim ou péssimo. No domingo esse número subiu para 77%.

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