7 mudanças que deram o que falar em SP nos últimos meses
Além da redução de velocidade nas Marginais, assuntos como falta d’água, dengue e ciclovias mexeram com a dinâmica da cidade
Da Redação
Publicado em 21 de julho de 2015 às 17h13.
Última atualização em 3 de agosto de 2017 às 15h36.
São Paulo – Quem vive em uma capital perde boa parte de seu tempo com transporte. Seja de carro, ônibus ou metrô, a média de deslocamentos do brasileiro é de 1 hora e 20 minutos por dia, de acordo com pesquisa da Proteste , feita em oito capitais. Alterações nessa dinâmica costumam mexer bastante com o humor de quem vive na cidade.
Com o argumento de reduzir o número de acidentes fatais nas marginais dos rios Tietê e Pinheiros, a prefeitura de São Paulo reduziu nesta segunda-feira a velocidade de circulação de 90 para 70 quilômetros por hora nas vias expressas e de 70 para 50 quilômetros por hora nas locais. Em 2014, foram 1.400 feridos e 73 mortos. A ideia é que a medida reduza as ocorrências envolvendo motos e pedestres.
A fiscalização será feita pelos 18 radares fixos que já estão instalados ao longo da pista. De uma ponta a outra da via, o paulistano leva agora mais quatro minutos no trajeto.
Trata-se de uma medida que promete muito protesto e discussão na mesa de bar. Listamos abaixo outros seis temas que mexeram com a vida na metrópole em 2015.
Com o argumento de reduzir o número de acidentes fatais nas marginais dos rios Tietê e Pinheiros, a prefeitura de São Paulo reduziu nesta segunda-feira a velocidade de circulação de 90 para 70 quilômetros por hora nas vias expressas e de 70 para 50 quilômetros por hora nas locais. Em 2014, foram 1.400 feridos e 73 mortos. A ideia é que a medida reduza as ocorrências envolvendo motos e pedestres.
A fiscalização será feita pelos 18 radares fixos que já estão instalados ao longo da pista. De uma ponta a outra da via, o paulistano leva agora mais quatro minutos no trajeto.
Trata-se de uma medida que promete muito protesto e discussão na mesa de bar. Listamos abaixo outros seis temas que mexeram com a vida na metrópole em 2015.
De janeiro a julho, os ciclistas paulistanos ganharam 107 quilômetros de ciclovias. No total, já são 346,4 quilômetros de faixas exclusivas de um total de 400 prometidas pela prefeitura até o fim deste ano. A mais marcante das inaugurações foi a da Avenida Paulista , em evento que atraiu cerca de 2 mil pessoas para comemorar e pedalar na via. Marca da gestão Fernando Haddad , as ciclovias têm 66% de aprovação da população, de acordo com a última pesquisa Datafolha sobre o tema. Em setembro de 2014, eram 80% os que as aprovavam, mas a popularidade levou um baque depois que problemas da falta de planejamento e casos de irregularidades que povoaram a construção das faixas para ciclistas vieram à tona.
Mesmo que a tendência para 2015 seja de queda para o número de autuações relacionadas ao tráfego de carros nos corredores de ônibus , o ano de 2014 bateu recorde de multas no estilo. Foram 1,2 milhão de ocorrências do tipo, um número 70% maior que o registrado no ano anterior. Do início da gestão Haddad até agora, entre ciclovias e corredores de ônibus, os carros perderam cerca de 716 quilômetros de faixas de rolagem — 476 quilômetros se tornaram corredores de ônibus, enquanto 240 quilômetros viraram ciclovias.
“Não falta água em São Paulo. Não vai faltar água em São Paulo.” A frase do então governador e candidato à reeleição, Geraldo Alckmin , ficou marcada como uma das principais promessas não cumpridas das últimas eleições.
Até julho deste ano, a situação de abastecimento não mudou. Os reservatórios seguem esperando maior volume de chuvas enquanto muitos bairros atendidos ainda têm as torneiras secas por até 20 horas ao longo do dia.
Usado como grande trunfo para conscientizar a população da necessidade na redução de consumo, o desconto para quem economizasse ao menos 20% em relação à leitura anterior foi mantido.
Acontece que nem diminuindo o consumo, o alívio veio - de fato - para o bolso. Desde janeiro, a Sabesp realizou um reajuste de 15,24% na conta de água. A medida atinge todos os 359 municípios atendidos pela empresa em todo o estado, o que equivale a mais de 28 milhões de clientes. À época do anúncio dos aumentos, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin , usou a elevação dos custos do setor energético para justificar o preço mais salgado da conta de água.
Até julho deste ano, a situação de abastecimento não mudou. Os reservatórios seguem esperando maior volume de chuvas enquanto muitos bairros atendidos ainda têm as torneiras secas por até 20 horas ao longo do dia.
Usado como grande trunfo para conscientizar a população da necessidade na redução de consumo, o desconto para quem economizasse ao menos 20% em relação à leitura anterior foi mantido.
Acontece que nem diminuindo o consumo, o alívio veio - de fato - para o bolso. Desde janeiro, a Sabesp realizou um reajuste de 15,24% na conta de água. A medida atinge todos os 359 municípios atendidos pela empresa em todo o estado, o que equivale a mais de 28 milhões de clientes. À época do anúncio dos aumentos, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin , usou a elevação dos custos do setor energético para justificar o preço mais salgado da conta de água.
Depois de um longo período de represamento de preços, as tarifas de energia elétrica foram reajustadas pelo governo federal. Para recuperar o rombo nos cofres de empresas geradoras, distribuidoras e transmissoras, a conta agora está sendo repassada para o consumidor. Nos últimos seis meses, o reajuste real já gira em torno de 50% para todo o Brasil, de acordo com cálculos da consultoria Thymos Energia. Em São Paulo , a situação é ainda mais crítica. Até junho, os clientes da AES Eletropaulo já contavam com quase 84% de aumento.
Desde o início do ano, a cobrança é pautada pelo sistema de bandeiras tarifárias, que indica as condições de produção de energia. Com a falta de água nos reservatórios de hidrelétricas e o intenso uso das termoelétricas, mais caras e poluentes, todos os meses vigorou a bandeira vermelha nas contas de energia elétrica pelo país, que eleva em R$ 5,50 o valor cobrado a cada 100 quilowatts-hora consumidos.
Desde o início do ano, a cobrança é pautada pelo sistema de bandeiras tarifárias, que indica as condições de produção de energia. Com a falta de água nos reservatórios de hidrelétricas e o intenso uso das termoelétricas, mais caras e poluentes, todos os meses vigorou a bandeira vermelha nas contas de energia elétrica pelo país, que eleva em R$ 5,50 o valor cobrado a cada 100 quilowatts-hora consumidos.
Até junho deste ano, ao menos 295 pessoas morreram no estado de São Paulo vítima da dengue . No Brasil, foram 474 óbitos, de acordo com o último levantamento do Ministério da Saúde sobre a evolução da doença. Só na capital, os boletins da prefeitura mostram que a cidade teve, entre 4 de janeiro e 30 de maio, cerca de 87 mil casos confirmados, contra quase 27 mil no mesmo período de 2014. Até mesmo tendas de enfrentamento à doença foram montadas em alguns bairros de São Paulo para dar conta da demanda de pacientes.
As trapalhadas na política econômica aliadas às denúncias a empreiteiras e políticos ligados ao governo e base aliada no Congresso nas investigações da Operação Lava Jato fizeram com que um novo perfil de manifestantes ocupasse a Avenida Paulista. Considerada “elite” e apelidados de “coxinhas”, grupos antigovernistas ganharam projeção e organizaram, no dia 15 de março, um dos maiores protestos já vistos na cidade. Com estimativas que variam de 220 mil pessoas, segundo o Datafolha , a 1 milhão de manifestantes, de acordo com cálculos da Polícia Militar. O movimento de pauta variou entre pedidos pelo fim da corrupção, o impeachment da presidente Dilma Rousseff e até clamores (mais raros) por “intervenção militar”. Em sua segunda edição, o entusiasmo perdeu força e registrou cerca de 680 mil pessoas, segundo a PM, ou 100 mil, de acordo com a projeção do Datafolha . Mais uma está marcada para o próximo dia 16 de agosto.
Paulistanos, agora, não podem mais usar o Uber . O aplicativo de caronas pagas, que vinha ganhando força por oferecer mais conforto com preços próximos aos cobrados por táxis foi considerado irregular pela prefeitura, que está até apreendendo carros que prestam o serviço.
Apesar de não haver qualquer lei que proíba o uso do aplicativo em São Paulo , o Departamento de Transportes Públicos considera “clandestino” todo o transporte de passageiros sem a devida autorização. A fiscalização ao transporte clandestino é feita pelo órgão com 105 agentes, 24 horas por dia. Já foram apreendidos 33 veículos de motoristas do Uber . Por fora, taxistas vêm rachaçando o uso do aplicativo, que consideram como “concorrência desleal”, já que os carros do Uber não pagam licença para rodar.
Apesar de não haver qualquer lei que proíba o uso do aplicativo em São Paulo , o Departamento de Transportes Públicos considera “clandestino” todo o transporte de passageiros sem a devida autorização. A fiscalização ao transporte clandestino é feita pelo órgão com 105 agentes, 24 horas por dia. Já foram apreendidos 33 veículos de motoristas do Uber . Por fora, taxistas vêm rachaçando o uso do aplicativo, que consideram como “concorrência desleal”, já que os carros do Uber não pagam licença para rodar.
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