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63,2% dos jovens aprova nota mínima para Fies, diz pesquisa

A pesquisa mostrou ainda que 50,3% das pessoas interessadas em fazer faculdade pretendem participar do Fies


	Fies: a pesquisa mostrou ainda que 50,3% das pessoas interessadas em fazer faculdade pretendem participar do Fies
 (Thinkstock/LuckyBusiness)

Fies: a pesquisa mostrou ainda que 50,3% das pessoas interessadas em fazer faculdade pretendem participar do Fies (Thinkstock/LuckyBusiness)

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Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2016 às 16h16.

São Paulo - Os jovens que estão fora das universidades e ainda têm interesse em ingressar no ensino superior aprovam a maior rigidez de regras para o acesso ao Financiamento Estudantil (Fies), como a exigência de nota mínima de 450 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Segundo pesquisa encomendada pela Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior (Abmes), 63,2% acha que a nota mínima deve permanecer e 17,8% disse que ela deve aumentar.

A pesquisa entrevistou 10 mil pessoas com idades entre 18 e 30 anos que concluíram o ensino médio e não cursaram o ensino superior, em nove capitais brasileiras. Das 10 mil, 78,9% disse desejar cursar o ensino superior nos próximos três anos - dessas 50,5% disse não ter condições de pagar uma faculdade particular.

"A mensagem que essa pessoa traz é a de que ela quer estudar e precisa de uma oportunidade de acesso à universidade. Ela está disposta a lutar pela nota necessária, mas precisa de um impulso do governo para ter essa oportunidade", disse Juanguiê Diniz, presidente da Abmes.

A pesquisa mostrou ainda que 50,3% das pessoas interessadas em fazer faculdade pretendem participar do Fies. Para 90,2% deles o governo federal deve aumentar a cada ano o número de vagas do Fies.

Diniz disse ainda que para o programa precisa de uma reformulação para se tornar "sustentável" para alunos, entidades e o próprio governo. "Com as mudanças que aconteceram nos últimos anos, o programa está se tornando menos atrativo para as entidades. O setor já dá sua colaboração ao ensino superior e não pode ser ainda mais penalizado", disse.

Na semana passada, o governo jogou para as instituições de ensino o custeio das taxas bancárias do programa que eram cobertas pelo Tesouro Nacional.

Com a medida, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal passam a receber das instituições de ensino um montante mensal de 2% dos encargos educacionais liberados pelo Tesouro a essas empresas, usados até então apenas para abater despesas previdenciárias.

Diniz disse que as instituições são contra essa medida, pois receberam uma "conta" que não é delas.

"Estamos momentaneamente contribuindo com o governo para manter o programa pela importância ao governo e aos alunos, e não para o setor. Não concordo com o repasse e esperamos que o governo encontre soluções e implante um Fies mais sustentável no início do ano que vem", afirmou.

A entidade disse que deve custear as taxas bancárias apenas neste semestre e espera que o "Fies Turbo", anunciado pelo ministro da Educação, Mendonça Filho, para o próximo ano, não preveja esse pagamento pelas instituições.

"É preciso um novo modelo de financiamento porque termos uma mudança no programa a cada seis meses está fazendo com que ele se torne insustentável", disse Sólon Caldas, diretor executivo da Abmes.

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