Seis partidos de oposição (PT, PDT, PCdoB, Psol, Rede e PMB) obstruem neste momento a votação da Medida Provisória 763/16, que permite o saque de contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Questionado sobre como irá explicar aos trabalhadores a orientação do PT, o deputado Henrique Fontana (PT-RS) rebateu.

“Mais difícil é explicar ao trabalhador que este Congresso, depois de eleger Eduardo Cunha e colocar Michel Temer na Presidência [da República], não vai permitir ao trabalhador exercer o direito de eleger diretamente um novo presidente, deixando que esse novo presidente seja escolhido por um acordão”, disse Fontana.

O líder do Psol, deputado Glauber Braga (RJ), também disse que há uma articulação para que haja uma eleição indireta.

O deputado pediu a saída de Temer da Presidência e defendeu eleições diretas.

Ele ressaltou a necessidade de explicações sobre uma mala com R$ 500 mil recebida pelo deputado afastado Rocha Loures (PMDB-PR), em filmagem divulgada pela imprensa.

Loures supostamente teria favorecido o grupo J&F, que controla o frigorífico JBS e outras empresas, a pedido do presidente Temer.

“Não trataremos com normalidade aquilo que não é normal”, disse Glauber Braga.

Saque do FGTS

Favorável à proposta que permite ao trabalhador sacar o dinheiro de contas inativas do fundo, o deputado Cleber Verde (PRB-MA) disse que “a medida provisória é extremamente importante para os trabalhadores”.

Segundo Verde, mais de R$ 30 bilhões já foram sacados.

“Temos trabalhadores que nasceram entre os meses de setembro e dezembro que não puderam sacar esses recursos. Serão prejudicados milhões de brasileiros. Essa é uma oportunidade para a oposição fazer uma reavaliação e permitir esse benefício aos trabalhadores”, disse.

Este conteúdo foi publicado originalmente no site da Agência Câmara.