Vacina: 78,5% investiriam em imunizar funcionários caso a compra fosse liberada. (kuniharu wakabayashi/Getty Images)
Clara Cerioni
Publicado em 1 de julho de 2020 às 14h34.
Última atualização em 1 de julho de 2020 às 14h43.
São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Distrito Federal vão participar dos testes da vacina contra a covid-19 desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac.
Os 12 centros de pesquisa que farão parte desta fase de testes foram divulgados pelo governo de São Paulo nesta quarta-feira, 1º de julho. Os testes, liderados pelo Instituto Butantan, serão realizados com 9 mil voluntários.
Em São Paulo, serão conduzidos no Centro de Pesquisas do Hospital das Clínicas (USP), Instituto Emílio Ribas, Hospital Albert Einstein, Universidade Municipal de São Caetano do Sul, Hospital das Clínicas da Unicamp, Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto e Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto.
Fora de São Paulo, os centros são: Universidade de Brasília, Instituto de Infectologia Evandro Chagas da Fiocruz, Universidade Federal de Minas Gerais, Hospital São Lucas da PUC-RS, Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná.
O acordo entre o Instituto Butantan e o laboratório Sinovac prevê a transferência de tecnologia para a produção da vacina e distribuição no Sistema Único de Saúde (SUS). A previsão é de que esteja disponível para a população em abril ou maio de 2021.
A vacina da Sinovac é uma das mais promissoras contra o coronavírus, ao lado de outra desenvolvida pelo laboratório AstraZeneca e a Universidade de Oxford.
As duas estão na fase 3 da pesquisa em que são feitos testes em humanos em grande escala, após mostrar sucesso com análises em laboratório e com pouco ou nenhum efeito colateral.
E o Brasil é fundamental nesta etapa de validação da eficácia da vacina, principalmente porque os testes precisam acontecer onde a população esteja exposta ao vírus. E o país ainda enfrenta muitos problemas em diversas regiões para conter o avanço da doença.