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53 cidades registram casos de microcefalia em SP

A capital paulistana acumula 17 casos de microcefalia

Má-formação: a capital paulistana acumula 17 casos de microcefalia (REUTERS / Ueslei Marcelino)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de fevereiro de 2016 às 08h47.

São Paulo - Pelo menos 53 cidades paulistas já registraram casos de microcefalia desde novembro, quando o Ministério da Saúde decretou emergência nacional em saúde pública por causa da explosão de nascimento de bebês com a má-formação.

Na ocasião, os municípios foram orientados a notificar todos os casos suspeitos.

Dados da Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo obtidos pela reportagem mostram que a capital, Guarulhos e Campinas são as campeãs de notificações de microcefalia, mas apontam que os registros estão presentes em quase todas as regiões.

Embora o Estado de São Paulo tenha confirmado em laboratório a circulação interna do zika vírus em apenas três municípios - São José do Rio Preto, Sumaré e Piracicaba, o número de crianças nascidas com o perímetro cefálico fora do padrão desde novembro de 2015 triplicou em relação à média observada nos anos anteriores.

Até 2014, eram cerca de 40 bebês nascidos com microcefalia em território paulista. Somente de novembro até agora, foram 126 registros do tipo. Nem todos os casos, no entanto, estão associados à possível contaminação por zika vírus .

Segundo a secretaria estadual, dos 126 registros, 25 já tiveram a relação com uma infecção congênita descartada. Os demais estão em investigação.

Mais afetadas

As duas regiões do Estado com maior concentração de casos são a Grande São Paulo e a área de Campinas. Somados todos os casos de microcefalia notificados desde novembro (suspeitos de ligação com o zika ou não), a capital paulista acumula 17 registros.

Em seguida, aparece Guarulhos, também na região metropolitana, com 12 bebês nascidos com o problema. Em terceiro lugar em número de notificações está Campinas, com 11 casos. As três cidades são as mais populosas do Estado.

Na Grande São Paulo chamam a atenção ainda Diadema e São Bernardo do Campo, com seis casos cada uma, e Carapicuíba, com cinco.

No interior do Estado, Ribeirão Preto e São José do Rio Preto têm cinco registros cada.

Todas essas cidades tiveram índices epidêmicos de dengue em 2015 - quando o número de casos por 100 mil habitantes supera os 300. Campinas, por exemplo, foi a cidade com a maior incidência da doença entre todos os municípios brasileiros com mais de um milhão de habitantes.

Chefe do Departamento de Biologia Molecular da Fundação Pró-Sangue/Hemocentro de São Paulo e integrante da Rede Zika, grupo de laboratórios e pesquisadores paulistas que estudam o tema, José Eduardo Levi afirma que com o esforço de aprimorar os métodos de diagnósticos do zika, é provável que mais cidades paulistas confirmem a circulação do vírus.

"À medida que fizermos mais testes, vamos ver uma mudança no quadro (epidemiológico) do Estado nas próximas semanas", diz.

Ele relata ter recebido três amostras contaminadas de Ribeirão Preto e uma de Araraquara de pessoas que não viajaram, o que demonstra transmissão autóctone também nesses locais.

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São Paulo - Pelo menos 53 cidades paulistas já registraram casos de microcefalia desde novembro, quando o Ministério da Saúde decretou emergência nacional em saúde pública por causa da explosão de nascimento de bebês com a má-formação.

Na ocasião, os municípios foram orientados a notificar todos os casos suspeitos.

Dados da Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo obtidos pela reportagem mostram que a capital, Guarulhos e Campinas são as campeãs de notificações de microcefalia, mas apontam que os registros estão presentes em quase todas as regiões.

Embora o Estado de São Paulo tenha confirmado em laboratório a circulação interna do zika vírus em apenas três municípios - São José do Rio Preto, Sumaré e Piracicaba, o número de crianças nascidas com o perímetro cefálico fora do padrão desde novembro de 2015 triplicou em relação à média observada nos anos anteriores.

Até 2014, eram cerca de 40 bebês nascidos com microcefalia em território paulista. Somente de novembro até agora, foram 126 registros do tipo. Nem todos os casos, no entanto, estão associados à possível contaminação por zika vírus .

Segundo a secretaria estadual, dos 126 registros, 25 já tiveram a relação com uma infecção congênita descartada. Os demais estão em investigação.

Mais afetadas

As duas regiões do Estado com maior concentração de casos são a Grande São Paulo e a área de Campinas. Somados todos os casos de microcefalia notificados desde novembro (suspeitos de ligação com o zika ou não), a capital paulista acumula 17 registros.

Em seguida, aparece Guarulhos, também na região metropolitana, com 12 bebês nascidos com o problema. Em terceiro lugar em número de notificações está Campinas, com 11 casos. As três cidades são as mais populosas do Estado.

Na Grande São Paulo chamam a atenção ainda Diadema e São Bernardo do Campo, com seis casos cada uma, e Carapicuíba, com cinco.

No interior do Estado, Ribeirão Preto e São José do Rio Preto têm cinco registros cada.

Todas essas cidades tiveram índices epidêmicos de dengue em 2015 - quando o número de casos por 100 mil habitantes supera os 300. Campinas, por exemplo, foi a cidade com a maior incidência da doença entre todos os municípios brasileiros com mais de um milhão de habitantes.

Chefe do Departamento de Biologia Molecular da Fundação Pró-Sangue/Hemocentro de São Paulo e integrante da Rede Zika, grupo de laboratórios e pesquisadores paulistas que estudam o tema, José Eduardo Levi afirma que com o esforço de aprimorar os métodos de diagnósticos do zika, é provável que mais cidades paulistas confirmem a circulação do vírus.

"À medida que fizermos mais testes, vamos ver uma mudança no quadro (epidemiológico) do Estado nas próximas semanas", diz.

Ele relata ter recebido três amostras contaminadas de Ribeirão Preto e uma de Araraquara de pessoas que não viajaram, o que demonstra transmissão autóctone também nesses locais.

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