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4 erros que o MEC não pode repetir no Enem 2013

Desde que o Enem ganhou o status que tem hoje, problemas ocorrem todos os anos. São eles que têm feito o MEC aprender a lição. Veja quais erros não podem se repetir em 2013

Alunos, redação com hino do Palmeiras e o ministro Aloizio Mercadante: mudanças todos os anos para evitar fraudes e erros (Montagem/EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 13 de maio de 2013 às 11h39.

São Paulo – Nesta segunda-feira começam as inscrições para o Enem 2013 (Exame Nacional do Ensino Médio). Desde que adquiriu o novo formato, em 2009, e é usado para o processo seletivo em universidades e institutos federais, o Enem teve edições envoltas em polêmicas, das cômicas, mas ainda graves, às muito sérias.

Em 2013, mais de seis milhões de estudantes devem se inscrever na prova, marcada para outubro, o que torna o exame um dos maiores do mundo.

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Pelo gigantismo do processo, desde o início, o Ministério da Educação tem aprendido com os próprios erros, ano após ano: depois de redações com receita de miojo, por exemplo, o órgão promete agora maior rigor nas correções e investimentos em segurança para evitar fraudes.

Sendo assim, confira os erros que não podem de maneira alguma se repetir na edição 2013 do Enem. Fica a dúvida, porém: mantido o padrão, qual será o problema deste ano?

1) Redações com assuntos aleatórios, incluindo miojo
No ano passado, o Enem chegou a custar R$ 266,3 milhões para o governo, por conta de um forte aumento no investimento em segurança para evitar fraudes. A polêmica da vez, porém, se deu por conta da correção das redações.

Algumas redações bem criativas fizeram com que os critérios de correção fossem questionados quando vieram a público. A mais notável apresentava, no meio de um texto sobre imigração, um excerto que descrevia em detalhes a receita para um miojo. Outra redação continha trechos do hino do clube paulista Palmeiras. Ambas foram contempladas com 50% ou mais da nota final máxima.

Segundo o MEC, as redações não saíam do tema proposto o suficiente para justificar um zero na nota. A polêmica, porém, gerou mudanças. A partir deste ano, não serão mais tolerados “deboches” nem que provas com nota máxima contenham erros de gramática. Além disso, foi reduzida a discrepância máxima nas notas dos dois corretores para que a redação seja encaminhada a uma terceira avaliação independente.

2) Vazamento da prova
Na edição de 2011, foi constatado que alguns alunos tiveram acesso antecipado a 14 questões da prova oficial.

Os alunos eram de um colégio particular em Fortaleza (CE) e haviam participado de um teste realizado pelo Inep no ano anterior. As provas dos quase 700 alunos do colégio foram canceladas e eles refizeram o teste.

A prova passou também por um reforço em segurança para evitar casos semelhantes.


3) Erros de impressão
Uma prova realizada por milhões de pessoas está fadada a conter erros de impressão, ou pelo menos é isso que defende a gráfica responsável pelo Enem. Na edição de 2010 os erros foram muitos, desde repetição de números em questões diferentes, questões iguais, duplicação, saltos na numeração de páginas e inserção de perguntas de provas distintas da do candidato.

Isso acabou afetando 21 mil cadernos distribuídos naquele ano. A polêmica gerou cancelamento da prova em diversos estados e uma série de instituições federais não utilizou o Enem como processo seletivo.

No final do ano, 9.500 estudantes foram convocados para fazer um novo exame.

A edição também foi marcada pela anulação de exames de candidatos que tuitaram de dentro da sala de prova.

4) Fraude
O primeiro ano do novo formato do Enem começou com adiamento dos dias de prova por conta de suspeitas de vazamento e fraude.

Em setembro de 2009, o jornal o Estado de S. Paulo recebeu na redação duas cópias do exame do Enem que seriam aplicados no mês seguinte. As provas haviam sido furtadas nas dependências da gráfica contratada na época e investigação da Polícia Federal apurou sérias falhas de segurança na gráfica.

O investimento passou a se tornar mais pesado em segurança contra vazamentos e fraudes e as provas naquele ano foram refeitas e remarcadas para data posterior. Entretanto, muitas instituições escolheram não adotar o exame como método de entrada e os novos dias coincidiram com alguns vestibulares no Brasil. Como resultado, houve uma abstenção de 40% no comparecimento.

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