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30% das amostras de água de SP têm flúor inadequado

O levantamento, divulgado na manhã desta terça-feira mostra que 14,5% das amostras colhidas têm flúor abaixo do recomendado


	Estação de Tratamento de água em São Paulo: resolução editada pelo governo do Estado em 1995 determina que todas as empresas de abastecimento do Estado adicionem 0,6 a 0,8 miligramas de flúor por litro de água
 (MARLENE BERGAMO)

Estação de Tratamento de água em São Paulo: resolução editada pelo governo do Estado em 1995 determina que todas as empresas de abastecimento do Estado adicionem 0,6 a 0,8 miligramas de flúor por litro de água (MARLENE BERGAMO)

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Da Redação

Publicado em 11 de agosto de 2015 às 14h56.

São Paulo - Quase um terço da água do Estado de São Paulo tem índices de flúor abaixo ou acima do recomendado pela Secretaria Estadual da Saúde, mostra pesquisa inédita feita pelo Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CRO-SP) em parceria com especialistas da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Resolução editada pelo governo do Estado em 1995 determina que todas as empresas de abastecimento do Estado adicionem 0,6 a 0,8 miligramas de flúor por litro de água. O objetivo da medida é prevenir cáries na população.

O levantamento, divulgado na manhã desta terça-feira, 11, mostra, no entanto, que 14,5% das amostras colhidas têm flúor abaixo do recomendado, o que inviabiliza a função preventiva da água, e outros 14,5% possuem concentração da substância acima do adequado, o que pode causar fluorose, problema que causa manchas e outros danos ao esmalte.

"A fluoretação da água é a medida mais eficaz e econômica de combate à cárie. O levantamento é importante para alertar os municípios a monitorar o cumprimento dessa medida", diz Claudio Miyake, presidente do CRO-SP.

A pesquisa coletou mais de 11 mil amostras de água em 642 dos 645 municípios paulistas no maior levantamento já feito no mundo sobre fluoretação de água.

Os resultados serão encaminhados para todas as prefeituras, Ministério da Saúde, Secretaria Estadual da Saúde e para órgãos de fiscalização da administração pública, como Ministério Público e Tribunal de Contas.

Cada município teve várias amostras colhidas em diferentes meses do ano passado. Em alguns deles, o índice inadequado foi observado em todas as coletas.

No grupo das cidades que descumpriram o índice mínimo em todas as fiscalizações estão Altinópolis, Analândia, Boa Esperança do Sul, Guatapará, Ipeúna, Luis Antonio, Morro Agudo, Nuporanga, Orlândia, Pirajuí e Rio das Pedras. Já as cidades com todas as amostras com índices acima do permitido são Cesário Lange e Pereiras.

A capital paulista e demais municípios abastecidos pela Sabesp têm índices adequados.

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