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2015 será ano de vacas magras, afirma Dilma

Em reunião com prefeitos, a presidente apresentou um cenário difícil para a economia e disse que 2015 será um ano de "vacas magras"

A presidente Dilma Rousseff: a presidente Dilma pediu colaboração dos prefeitos para este "período difícil" (Ueslei Marcelino/Reuters)

A presidente Dilma Rousseff: a presidente Dilma pediu colaboração dos prefeitos para este "período difícil" (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2015 às 17h01.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff teve nesta quarta-feira, 8, reunião com a Frente Nacional de Prefeitos (FNP) e representantes do III Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável, no Palácio do Planalto.

Nessa reunião, ela apresentou aos prefeitos um cenário difícil para a economia neste ano. Disse, inclusive, que 2015 será um ano "de vacas magras".

Na reunião com os prefeitos, Dilma avisou que o contingenciamento do orçamento "será grande". Destacou, ainda, que o governo fará "um grande esforço para fazer a inflação de volta ao centro da meta".

Os ministros da Fazenda, Joaquim Levy; do Planejamento, Nelson Barbosa; e da Casa Civil, Aloizio Mercadante, acompanharam a reunião.

Apesar do cenário negativo apresentado, a presidente Dilma mostrou-se otimista e afirmou que "tem a convicção" de que, no início de 2016 o cenário já será "muito bom".

Na conversa, a presidente Dilma pediu colaboração dos prefeitos para este "período difícil" e que "cada um faça seu dever de casa", prometendo que o governo federal "será solidário".

O presidente da FNP, José Fortunati (PDT), prefeito de Porto Alegre, foi escalado para falar em nome dos presentes. Segundo Fortunati, um dos temas de maior preocupação envolve a dívida dos municípios.

Levy pediu 15 dias, até que o Congresso defina a questão da dívida dos Estados e municípios, para voltar a debater o tema com os prefeitos.

Segundo o prefeito porto-alegrense, Levy disse que se o prazo se estender, os municípios estarão liberados para entrar na Justiça, para se resguardar.

Dessa forma, as demais prefeituras poderiam repetir o gesto do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), que entrou com ação exigindo redução do indexador da dívida da capital fluminense.

"Não podemos ficar por muito tempo vivendo este período nebuloso", desabafou Fortunati, que fez questão de elogiar a iniciativa da presidente Dilma de chamar os prefeitos para a conversa.

"O diálogo estava interrompido", comentou, acrescentando que a presidente prometeu "reuniões periódicas" para discutir questões dos municípios. Segundo Fortunati, Dilma não falou em porcentuais e nem deu dados sobre o volume do contingenciamento.

O prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), destacou que a presidente disse que este será um ano de "vacas magras", mas reforçou a disposição do governo de buscar o centro da meta na inflação.

O prefeito de Olinda, Renildo Calheiros (PCdoB), por sua vez, contou que Dilma assegurou que o governo vai fazer "todo esforço para a inflação chegue ao centro da meta", sem precisar, no entanto, quando isso poderia ocorrer.

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