Brasil

16,4 milhões de brasileiros saíram da miséria desde 2011

Porém, ainda há outras 2,5 milhões de pessoas nesta situação


	Tereza Campello: "são pessoas que não foram localizadas por agentes sociais, que não figuram nos registros dos programas oficiais", explicou
 (Elza Fiúza/ABr)

Tereza Campello: "são pessoas que não foram localizadas por agentes sociais, que não figuram nos registros dos programas oficiais", explicou (Elza Fiúza/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de fevereiro de 2013 às 14h05.

Brasília - Nos últimos dois anos, 16,4 milhões de brasileiros saíram da extrema pobreza, mas ainda há outras 2,5 milhões de pessoas nesta situação, algo que o Governo pretende reverter antes do fim de 2014, informaram nesta terça-feira fontes oficiais.

"É um passo muito importante", disse a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, que mesmo assim admitiu que "falta muito" para erradicar a miséria.

Um dos obstáculos para alcançar essa meta, que é uma das principais traçadas pela presidente Dilma Rousseff, é que os cerca de 2,5 milhões de habitantes que vivem na extrema pobreza permanecem fora do enorme "guarda-chuva" que representa os vastos programas sociais do Governo.

"São pessoas que não foram localizadas por agentes sociais, que não figuram nos registros dos programas oficiais e que na maioria, desconhecem que podem ter acesso aos planos de distribuição de renda" governamentais, explicou Tereza.

Para remediar essa situação, o Governo começou há dois anos o que denominou como "busca ativa", que de alguma maneira fez com que fosse realidade o velho ditado de que "se a montanha não vai a Maomé, Maomé vai até a montanha".

Esse processo de busca dos mais pobres é desenvolvido com ajuda dos 5.556 municípios do país e permitiu identificar 16,4 milhões de pessoas que nos últimos dois anos foram incorporadas aos planos de assistência oficiais, disse a ministra.


Em parte pela inclusão dessas pessoas, assim como por aumentos e atualizações dos valores distribuídos, os orçamentos do Governo para o programa de assistência social Bolsa Família passaram de R$ 17,3 bilhões em 2011 a R$ 20 bilhões em 2012.

Para este ano, o terceiro de Dilma Rousseff no poder, se prevê que esse orçamento cresca ainda mais, até R$ 23,180 bilhões, precisou Tereza.

Junto com essa distribuição de renda direta, o Governo também antecipa outros programas complementares, que visam melhorar os serviços públicos básicos, como eletricidade, coleta de lixo e urbanismo, e o atendimento em saúde e educação, a fim de reforçar a "geração de cidadania".

Tereza destacou o caso da educação e disse que, em 2008, 28% das escolas públicas do país tinham uma maioria de alunos procedentes de famílias amparadas pelo Bolsa Família.

Hoje, essa taxa subiu a 54% das escolas e espera-se que durante este ano, aumente ainda mais, disse.

Outro eixo desse planejamento são os planos de criação de emprego, que é a necessária "porta de saída" dos programas sociais, comentou Tereza.

O Bolsa Família é o plano mais importante de distribuição de renda no Brasil e ampara cerca de 50 milhões de pessoas com poucos recursos. 

Acompanhe tudo sobre:Governo DilmaPobreza

Mais de Brasil

Acidente com ônibus escolar deixa 17 mortos em Alagoas

Dino determina que Prefeitura de SP cobre serviço funerário com valores de antes da privatização

Incêndio atinge trem da Linha 9-Esmeralda neste domingo; veja vídeo

Ações isoladas ganham gravidade em contexto de plano de golpe, afirma professor da USP