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1. Processo lento
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1/16 (Marcelo Camargo/ Agência Brasil)
Enquanto o presidente da
Câmara dos Deputados,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é investigado no Conselho de Ética da Casa por quebra de decoro parlamentar após ter mentido na CPI da Petrobras ao negar que tinha contas no exterior, muita coisa aconteceu. O impechment da presidente Dilma Rousseff avançou, pela primeira vez um parlamentar foi preso durante o mandato, Leonardo DiCaprio ganhou o Oscar e o Brasil viveu um surto de dengue, zika e chikungunya. Nesta segunda-feira (25) acaba o prazo para o Conselho analisar o processo que pode levar à cassação de Cunha, que é réu por corrupção e lavagem de dinheiro na Lava Jato. O processo contra o deputado no Conselho de Ética já é o mais longo da história da Câmara dos Deputados. No último dia 19, ele completou 168 dias e superou o do deputado Luiz Argolo, do Solidariedade, cassado em outubro de 2014 pelo envolvimento em atividades ilícitas com o doleiro Alberto Youssef. Manobras articuladas por aliados do peemedebista têm sido responsáveis pela lentidão nas discussões. Instaurado em 3 de novembro, o processo tem até 90 dias legislativos para ser concluído. Após essa data, o colegiado fica impedido de analisar outros assuntos. A expectativa do relator, deputado Marcos Rogério (DEM-RO), é que o parecer seja lido na segunda quinzena de maio. Confira algos fatos que aconteceram no País enquanto o processo de Cunha está no Conselho:
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2. 1) Câmara aprovou o impeachment
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2/16 (Ueslei Marcelino/Reuters)
Em 17 de abril, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou por 367 votos a admissibilidade do impeachment da presidente Dilma Rousseff. As discussões começaram no dia 15, quando a Casa teve a sessão mais longa da história, com quase 43 horas. O início do processo, em 2 de dezembro, quando Cunha aceitou a denúncia também começou após o Conselho iniciar a análise contra o peemedebista.
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3. 2) Brasília ganhou um "muro de Berlim"
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3/16 (Dado Galdieri/Bloomberg)
A fim de separar manifestantes pró e contra impeachment no dia da votação no plenário da Câmara, o governo do Distrito Federal montou um muro dividindo a Esplanada dos Ministérios. A estrutura foi alvo de críticas e virou espaço para manifestações.
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4. 3) PMDB rompeu com o governo
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4/16 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Após 13 anos como aliado do PT, o PMDB, maior partido do País, rompeu com o governo em uma reunião de 3 minutos em 29 de março. O vice-presidente, Michel Temer, acelerou desde então as articulações para assumir o comando do País. Em dezembro, vazou uma carta em que o peemedebista reclama de ser o “vice decorativo”. Após a debandada do PMDB, PP e PSD também deixaram a base.
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5. 4) Lula virou ministro e deixou de ser
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5/16 (Evaristo Sá / AFP)
O ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva tomou posse como ministro da Casa Civil em 17 de março. Um dia depois, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu a nomeação. O caso aguarda julgamento na Corte. Na véspera da posse de Lula, áudios de conversas do ex-presidente foram vazados. Em um diálogo com a presidente Dilma, a petista afirma que a nomeação de Lula ser usada “em caso de necessidade”. A expressão foi interpretada por alguns juristas como obstrução à Justiça.
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6. 5) Lula foi alvo de condução coercitiva
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6/16 (Valter Campanato/Agência Brasil)
Também em março, Lula foi alvo de condução coercitiva da Polícia Federal. Ele foi obrigado a prestar depoimento sobre a na investigação que apura se empreiteiras favoreceram Lula por meio de um tríplex no Guarujá.
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7. 6) Stones, Coldplay e Maroon 5 fizeram shows no Brasil
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7/16 (Carlos Muller / Getty Images)
Após uma década longe do Brasil, os Rolling Stones tocaram no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro em 20 de fevereiro. No mês seguinte foi a vez do Maroon 5 e em abril do Coldplay.
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8. 7) Senador foi preso durante o mandato
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8/16 (Ueslei Marcelino/ Reuters)
Pela primeira vez no País, um parlamentar foi preso durante o mandato. O então senador Delcídio Amaral (sem partido - MS) foi detido em 25 de novembro sob suspeita de interferir nas investigações da Lava Jato. De acordo com delação do ex-petista vazada em 3 de março, a presidente Dilma teria atuado para evitar a prisão de empreiteiros.
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9. 8) Surto de dengue, zika e chikungunya atingiu o País
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9/16 (Luis Robayo/AFP)
As doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti levaram pelo menos seis unidades da Federação a declararem estado de emergéncia. Em 1º de feveriro, a Organização Mundial da Saúde decretou "estado de emergência sanitária mundial”. O papa Francisco chegou a indicar uso de contraceptivo devido à relação do zika vírus com a microcefalia.
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10. 9) Pílula do câncer’ foi liberada
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10/16 (USP/Divulgação)
Em meio à crise política, deputados aprovam em 8 de maio projeto que libera a “pílula do câncer”, como a fosfoetanolamina sintética ficou conhecida. A substância não é regulamentada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Após aval do Senado, a proposta foi sancionada pela presidente Dilma.
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11. 10) Planilha da Odebrecht citou 316 políticos
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11/16 (Odebrecht SA)
Planilha da empreiteira Odebrecht divulgada em 23 de março mostrou repasses da empreiteira a 316 políticos de 24 partidos. Com nomes de oposição e governo, a relação continha apelidos. Cunha era chamado de “carangueijo” enquanto o chefe de gabinete da Presidência da República, Jaques Wagner, recebeu a alcunha de “passivo”.
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12. 11) Leonardo DiCaprio ganhou o Oscar
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12/16 (Mario Anzuoni/Reuters)
Em sua quinta indicação ao Oscar, o ator Leonardo DiCaprio venceu em 28 de fevereiro o prêmio de melhor ator pelo filme O Regresso. Durante a cerimônia, a atriz Glória Pires ganhou destaque ao evitar comentar as indicações. “Não sou capaz de opinar.”
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13. 12) Brasil perdeu selo de bom pagador
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13/16 (Miguel Medina/AFP)
Em dezembro, a agência de classificação de risco Fitch tirou o selo de bom pagador do Brasil devido à crise econômica e política. Em fevereiro, foi a vez da Moody’s e da Standard & Poor's cortarem a nota de crédito do País.
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14. 13) Incêndio destruiu Museu da Língua Portuguesa
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14/16 (MARÍLIA KODIC/Imagem cedida a EXAME.com)
Em 21 de dezembro, incêndio destruiu parte do Museu da Língua Portuguesa, na Estação da Luz, em São Paulo. Uma bombeiro que trabalhava no local teve uma parada cardiorespiratória e não resistiu.
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15. 14) Alckmin recuou na reorganização escolar
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15/16 (Marcelo Camargo/ABr)
Após estudantes ocuparem escolas em São Paulo, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) recuou no processo de reorganização no início de dezembro. A mudança previa o fechamento de mais de 90 escolas e a afetaria cerca de 300 mil estudantes.
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16. Não basta atrasar o Conselho de Ética:
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16/16 (REUTERS/Ueslei Marcelino)