10 brasileiros que querem esquecer 2014
Este foi o ano em que José Sarney perdeu poder, Levy Fidélix atacou o “aparelho excretor” e Graça Foster assistiu à devassa nas contas da Petrobras.
Mariana Desidério
Publicado em 20 de dezembro de 2014 às 07h34.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h55.
São Paulo – O ano de 2014 está acabando, e tem muita gente torcendo para dormir agora e acordar só em 2015. Este foi o ano em que José Sarney perdeu poder em Brasília e no Maranhão, Levy Fidélix atacou o “aparelho excretor” e Graça Foster assistiu à devassa nas contas da Petrobras. Não foi só na política que a coisa não deu muito certo. Também foi em 2014 que Felipão perdeu de 7 a 1 na Copa e deixou a seleção. Já a Xuxa periga terminar o ano desempregada, após sucessivas quedas de audiência. Veja nas fotos acima por que essas e outras pessoas gostariam que 2014 nunca tivesse existido.
Após 60 anos dedicados à política, o senador e ex-presidente José Sarney (PMDB) não volta ao Congresso em 2015. Ele anunciou que vai se aposentar. A saída de campo coincidiu com a derrota de seu grupo político no governo do Maranhão. Para fechar, um vídeo divulgado na internet mostrou o momento em que o senador aparentemente digita o número 45 (do tucano Aécio Neves) numa urna eletrônica. Sarney é aliado político de Dilma e Lula, o que gerou constrangimento. O senador negou que tenha votado no tucano.
Pela primeira vez em 44 anos de vida pública, o presidente da Câmara dos Deputados ficará sem mandato. Nas eleições de 2014, Henrique Eduardo Alves (PMDB) tentou se eleger governador do Rio Grande do Norte. Porém, os eleitores optaram pelo adversário de Alves, Robinson Faria, do PSD. Faria se elegeu com o apoio do PT, o que irritou o deputado derrotado.
O ano também não foi dos melhores para o deputado federal pelo Paraná André Vargas. No início de 2014, o parlamentar viajou para João Pessoa (PB) em um jatinho emprestado pelo doleiro Alberto Youssef, principal operador do esquema de corrupção envolvendo a Petrobras. Após a denúncia, Vargas foi pressionado a se desfiliar do PT e teve seu mandato cassado pela Câmara. A votação foi de 359 votos a favor, 1 contra e 6 abstenções.
O candidato à presidência da República pelo PRTB Levy Fidelix é outro que não deve esquecer 2014 tão cedo. Acostumado a ficar fora dos holofotes nas campanhas, Fidelix chocou a opinião pública nessas eleições. Após ser questionado sobre homofobia durante um debate eleitoral, ele disse que os gays precisam de "atendimento psicológico e bem longe da gente". “E digo mais: aparelho excretor não reproduz”, afirmou. O discurso foi considerado homofóbico e duramente criticado pelos outros candidatos, parlamentares e entidades que defendem os direitos LGBT.
O ministro da Fazenda Guido Mantega passou por apertos este ano e terminou 2014 demitido, porém, no cargo. Mantega foi duramente criticado pela situação econômica do país, especialmente durante as eleições. Foi então que a presidente Dilma Rousseff anunciou que ele não permaneceria no cargo em caso de um segundo mandato. O anúncio foi feito em setembro, mas o economista permanece como ministro.
Presidente da Petrobras, Graça Foster definitivamente não teve um bom ano. Em 2014, a Polícia Federal revelou um grave esquema de corrupção na estatal, envolvendo altos funcionários da empresa. Uma ex-gerente da estatal afirmou ter alertado Graça a respeito das irregularidades. A oposição pressiona o governo para demitir a executiva, que já afirmou ter colocado seu cargo à disposição.
O ano definitivamente não foi bom para o técnico Luiz Felipe Scolari, o Felipão. Sob seu comando, a seleção brasileira perdeu de 7 a 1 para a Alemanha na semifinal da Copa do Mundo. Para completar, perdemos também na definição do terceiro colocado na competição – 3 a 0 para a Holanda. Felipão deixou a seleção logo após o mundial e agora é técnico do Grêmio.
Depois de ser obrigada a parar de gravar devido a um problema de saúde, Xuxa pode terminar 2014 sem emprego. Especula-se que a TV Globo não tenha renovado o contrato da rainha dos baixinhos para 2015. A apresentadora saiu do ar ainda em janeiro para se recuperar de uma inflamação no pé esquerdo. Ela já vinha enfrentando problemas para garantir audiência. Agora, Xuxa negocia com a Record.
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