Votação do "PL dos Agrotóxicos" é adiada para terça-feira; veja o que há no texto
Projeto que vem sendo chamado de "PL dos Agrotóxicos" propõe concentração de poder decisório no Ministério da Agricultura, nomenclatura como "pesticidas" e possibilidade de licenças temporárias
Agência Brasil
Publicado em 25 de novembro de 2022 às 17h08.
Última atualização em 25 de novembro de 2022 às 17h09.
Com pedido de vista coletiva acatado, a votação do projeto de lei que flexibiliza regras de aprovação e comercialização de agrotóxicos, marcada para a quinta-feira, 24, na Comissão de Agricultura (CRA), foi adiada para a próxima terça-feira, 29.
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O PL 1.459/2022 trata da pesquisa, experimentação, produção, comercialização, importação, exportação, destinação final e fiscalização de agrotóxicos. Desde o início da tramitação na comissão, a matéria é fruto de ampla divergência entre os senadores.
O relator do projeto e presidente do colegiado, senador Acir Gurgacz (PDT-RO), já havia lido seu relatório, mas, após pedidos para ampliação do debate, apresentou novamente seu parecer hoje.
O que diz o PL sobre agrotóxicos
Entre as medidas previstas no substitutivo estão:
- a concentração do poder decisório sobre os agrotóxicos no Ministério da Agricultura
- e a alteração da nomenclatura agrotóxico, que passaria a ser chamada, na legislação, de pesticida.
O texto prevê ainda a fixação de prazo para a obtenção de registros desse tipo de produto no Brasil — com possibilidade de licenças temporárias quando não cumpridos prazos pelos órgãos competentes — e a suavização da classificação explícita de produtos nocivos à saúde humana e ao meio ambiente.
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“Hoje demora-se, em média, oito ou até dez anos para a autorização de um novo princípio ativo. É um tempo muito longo para produtos mais modernos, seguros e eficazes entrarem no mercado. A nova lei prevê um prazo máximo de dois anos para que um novo produto seja analisado”, destacou Gurgacz.
Durante a reunião de quinta-feira, o senador lembrou que estudos da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) indicam que o Brasil ocupa a sétima posição no ranking mundial de usuários de pesticidas, ficando atrás de países como Japão, Coréia do Sul, Alemanha, França, Itália e o Reino Unido.
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*Com informações da Agência Senado.
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