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Onda de calor extremo no Brasil impulsiona rali do café robusta

O calor excessivo no Brasil atinge tanto as áreas de arábica quanto as regiões que produzem a variedade robusta, também conhecida como conilon

Temperaturas próximas de 40ºC são esperadas para a maioria das regiões produtoras do Brasil nesta semana, disse a meteorologista Nadiara Pereira, da Climatempo, em relatório (Bloomberg/Getty Images)
Bloomberg

Agência de notícias

Publicado em 13 de novembro de 2023 às 16h17.

Os futuros de café robusta em Londres são negociados em forte alta diante do calor extremo no Brasil e a seca no Vietnã.

O robusta saltou até 2,9% nesta segunda-feira, para US$ 2.491 a tonelada, depois de subir 2,1% na semana passada.

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O calor excessivo no Brasil atinge tanto as áreas de arábica quanto as regiões que produzem a variedade robusta, também conhecida como conilon. É uma ameaça à próxima safra porque as altas temperaturas podem murchar as folhas dos pés de café e prejudicar o desenvolvimento dos frutos.

Altas nas temperaturas

Temperaturas próximas de 40ºC são esperadas para a maioria das regiões produtoras do Brasil nesta semana, disse a meteorologista Nadiara Pereira, da Climatempo, em relatório.

Os problemas climáticos são uma preocupação sobretudo para o robusta, a variedade usada para café solúvel, porque se soma a uma oferta já restrita do Vietnã, maior produtor depois do Brasil. O país enfrenta uma seca relacionada ao El Niño.

No caso do café arábica, embora a maioria dos analistas espere que o Brasil aumente produção no próximo ano, após chuvas favoráveis, o calor acima da média gera preocupação, disse Marcelo Moreira, da Archer Consulting.

Os futuros de arábica subiram até 1,5% em Nova York e já saltaram mais de 15% em um mês, impulsionados sobretudo por investidores que cobrem posições vendidas. O declínio dos estoques da bolsa e o vencimento de opções na última sexta-feira alimentaram a volatilidade.

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