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Brasil bate recorde de exportação de ovos fertilizados em 2021

Surtos de gripe aviária no mundo provoca alta da demanda de material genético, com preços em elevação; país não registra surtos da doença e conquista aumento nas vendas

Brasil bate recorde de exportação de ovos férteis em 2021 (Getty Images/Getty Images)
CA

Carla Aranha

Publicado em 21 de janeiro de 2022 às 15h48.

O país bateu um recorde de exportação de ovos férteis e material genético de aves no ano passado. As vendas somaram 147,7 milhões de dólares em 2021, diante de 116,5 milhões de dólares em 2020, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), em um aumento de quase 30%.

Os melhores resultados foram conquistados pelos produtores e exportadores de ovos férteis. Os embarques ultrapassaram a marca de 14.500 toneladas, 61% a mais do que em 2020. A receita também cresceu: passou de 38.691 milhões de dólares para 59.319 milhões de dólares.

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Em relação a materiais genéticos, foram exportadas 1.173 toneladas, volume ligeiramente menor do que o registrado em 2020. Já a receita alcançou 88,441 milhões de dólares em 2021, resultado 13,5% superior ao de 2020.

“O Brasil se consolidou como plataforma de exportação de genética de ponta", diz Ricardo Santin, presidente da ABPA. "O país conta com grandes empresas que vem expandindo fronteiras e contam com uma eficiente estratégia internacional”.

Nos últimos anos, houve um aumento da demanda pela reposição de planteis, por meio da aquisição de insumos de genética, em função da disseminação global da gripe aviária, condição causada pelo vírus influenza e dificilmente transmitida para seres humanos. Com isso, os preços subiram. Só no últime trimestre do ano passado, 15 países apresentaram surtos da doença, entre eles a França, Reino Unido e Israel. A Itália foi um dos países mais atingidos -- cerca de 4 milhões de aves precisaram ser abatidas.

O Brasil se manteve distante desse cenário. "Firmamos nossa posição, internacionalmente, pela alta qualidade de nossos produtos e um status sanitário ímpar, que nos protege de enfermidades encontradas em planteis de outros países", afirma Santin.

 

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