Exame logo 55 anos
Remy Sharp
Acompanhe:

Governo reduz exigência de idiomas em bolsas

Bolsistas do programa Ciência Sem Fronteiras (CsF) que forem para o exterior com baixo conhecimento da língua estrangeira terão de participar de um curso intensivo

Modo escuro

Continua após a publicidade
Inspiração (Adam Berry/Getty Images)

Inspiração (Adam Berry/Getty Images)

D
Davi lira

Publicado em 2 de março de 2013 às, 09h40.

São Paulo - O governo brasileiro diminuiu a exigência de conhecimento de alemão, francês, inglês e italiano para seleção de bolsistas do programa Ciência Sem Fronteiras (CsF) que pretendem estudar em universidades na Alemanha, França, Austrália, Canadá, EUA e Itália. Com a medida, universitários com baixo nível ou até nenhum conhecimento nesses idiomas poderão ser selecionados para o intercâmbio - antes era exigido nível intermediário ou avançado da língua.

Com a flexibilização, o governo quer preencher um maior número de vagas do programa - a falta de conhecimento no idioma é um dos principais obstáculos para os brasileiros. O programa, que tem foco na área tecnológica, atingiu, até janeiro deste ano, apenas 22% da meta de enviar 101 mil bolsistas até 2015.

Os bolsistas que forem para o exterior com baixo conhecimento da língua estrangeira terão de participar de um curso intensivo para melhorar a proficiência. O curso também será bancado pelo governo federal, e o aluno terá de fazer uma prova para ingressar na universidade. Especialistas ouvidos pelo Estado, no entanto, alertam que mesmo com o curso de imersão os estudantes poderão não alcançar um nível adequado para acompanhar as aulas em outro idioma.

Isso porque, no caso dos bolsistas dos Estados Unidos e da França, de acordo com os editais, a duração prevista para o curso é de apenas dois meses, tempo considerado insuficiente para melhoria das habilidade linguísticas. Na Itália, a duração do curso é de apenas um mês. Na chamada para seleção de bolsistas para os Estados Unidos, voltada para escolha de 200 estudantes dos Institutos Federais de Educação Tecnológica e das Faculdades de Tecnologia (Fatec), por exemplo, a pontuação exigida no Toefl (um dos exames aceitos pelo programa, que avalia o nível de inglês) é de apenas 27 pontos, em um total de 120. Com essa pontuação, o candidato é incapaz de manter uma conversação básica.

"Não deveríamos nivelar por baixo. Como será possível chegar em Harvard sem saber muito bem o inglês?", critica Rubens Barbosa, ex-embaixador brasileiro em Washington, hoje editor do periódico Interesse Nacional. A diminuição mais drástica da pontuação exigida, porém, aconteceu para a seleção na Austrália. O Toefl despencou de 90 pontos para 39 - ou seja, serão selecionados alunos com nível insuficiente em expressão oral.

"O estudante pode ter grandes problemas lá fora, já que ele vai ter de apresentar trabalhos e questionar os professores sobre temas complexos da área tecnológica", diz André Marques, diretor-geral da EF Englishtown, especialista em certificação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Últimas Notícias

Ver mais
Erdogan diz que Otan não deve contar com aval para adesão da Suécia antes de julho

Agências

Erdogan diz que Otan não deve contar com aval para adesão da Suécia antes de julho

Há 6 meses

'Brasil não pode mais ser marginalizado exterior', diz Lula em BH

Agências

'Brasil não pode mais ser marginalizado exterior', diz Lula em BH

Há um ano

Japonês Ei-ichi Negishi, Nobel de Química em 2010, morreu aos 85 anos

Agências

Japonês Ei-ichi Negishi, Nobel de Química em 2010, morreu aos 85 anos

Há 2 anos

STJ manda prender homem que atropelou filho de Cissa Guimarães

Agências

STJ manda prender homem que atropelou filho de Cissa Guimarães

Há 5 anos

Continua após a publicidade
icon

Branded contents

Ver mais

Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions

Pós-graduação pode ser alternativa para quem quer dar uma guinada na carreira

Pós-graduação pode ser alternativa para quem quer dar uma guinada na carreira

Huawei leva tecnologia à Amazônia para preservação ambiental e inclusão digital

Huawei leva tecnologia à Amazônia para preservação ambiental e inclusão digital

Borra de café reciclada vira copo na Argentina e aditivo para concreto na Austrália
Negócios

Borra de café reciclada vira copo na Argentina e aditivo para concreto na Austrália

Com copos de plástico reciclado coletado no litoral brasileiro, Corona estreia no Primavera Sound

Com copos de plástico reciclado coletado no litoral brasileiro, Corona estreia no Primavera Sound

Exame.com

Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.

Leia mais