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Zuckerberg repudia críticas da Apple à gestão de dados do Facebook

Zuckerberg afirmou que a monetização de dados dos usuários é a única forma da plataforma estar disponível para toda a população

Publicidade: Zuckerberg afirmou que a publicidade é o único modelo capaz de sustentar um serviço que chegue até a população (Win McNamee/Getty Images)
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EFE

Publicado em 2 de abril de 2018 às 14h50.

Última atualização em 2 de abril de 2018 às 15h15.

Nova York - O diretor executivo do Facebook , Mark Zuckerberg, considerou "simplistas" as críticas feitas pelo CEO da Apple , Tim Cook, após o polêmico acesso não autorizado a dados de milhões de usuários por uma empresa de consultoria, segundo uma entrevista divulgada pelo portal "Vox".

Cook criticou a estratégia de monetização da informação dos usuários do Facebook em um evento organizado por "Recode" e "MSNBC" na quarta-feira passada e afirmou que a Apple poderia conseguir "muito dinheiro" se o cliente fosse seu "produto", o que a empresa "escolheu" não fazer.

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Perguntado sobre o que faria se estivesse na pele do CEO do Facebook, que está sendo investigada pelo acesso da Cambridge Analytica à informação de 50 milhões de usuários em 2015, Cook respondeu: "Não estaria na sua situação".

Zuckerberg argumentou em podcast divulgado nesta segunda-feira que ao "construir um serviço para ajudar a conectar todo o mundo, há muita gente que não pode se permitir pagar".

"Ter um modelo respaldado pela publicidade é o único modelo racional que pode sustentar a construção deste serviço para que chegue ao povo", acrescentou.

O cofundador do Facebook disse considerar as críticas de Cook "simplistas": "Acho que esse argumento não se sustenta, e de forma alguma nos importa, é extremamente simplista e nada alinhado com a verdade".

"Se você quer construir um serviço que não sirva só aos ricos, então necessita ter algo no qual as pessoas possam se permitir", insistiu Zuckerberg, ao citar Jeff Bezos, CEO da Amazon, que ao lançar os leitores Kindle distinguiu empresas que "trabalham duro para cobrar mais" e outras que buscam cobrar menos.

"Não acho que isso signifique que as pessoas não importam para nós. Pelo contrário, acho que é importante não ter síndrome de Estocolmo e deixar que as empresas que trabalham duro para cobrar mais te convençam que realmente se importam mais com você, porque isso soa ridículo para mim", analisou.

O Facebook, cujo serviço é gratuito para os usuários, mas utiliza publicidade baseada nos dados coletados, está sendo investigado pelas autoridades americanas e britânicas após as revelações sobre a Cambridge Analytica e se encontra no meio de um amplo debate sobre o alcance da privacidade na internet.

 

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