YouTube Shorts trava batalha no Reino Unido para manter marca
A gigante da tecnologia enfrenta a empresa de curtas-metragens Shorts International, segundo a qual o uso da palavra “short” pelo YouTube viola sua marca registrada
André Lopes
Publicado em 16 de janeiro de 2023 às 10h33.
Última atualização em 16 de janeiro de 2023 às 10h34.
O Google, controlado pela Alphabet, enfrenta uma disputa nos tribunais para evitar uma possível reformulação global da marca YouTube Shorts, que compete com o TikTok e com o Reels.
A gigante de tecnologia dos EUA conseguiu uma decisão favorável na quinta-feira, abrindo caminho para o Supremo Tribunal do Reino Unido resolver um embate com a empresa de curtas-metragens Shorts International, segundo a qual o uso da palavra “short” pelo YouTube viola sua marca registrada.
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“Este caso, em termos de valor e importância, está no topo da escala”, disse a advogada Lindsay Lane, do Google, durante a audiência. O Google havia alegado que uma decisão adversa poderia incorrer em grandes custos de “rebranding” e mudanças técnicas na plataforma, disse o juiz na sentença.
A Alphabet lançou sua plataforma de vídeos curtos no YouTube há dois anos para enfrentar a crescente popularidade do formato em outros aplicativos móveis, como TikTok e Instagram Reels, da Meta Platforms.
O advogado da Shorts International afirmou que a empresa opera há mais de duas décadas e usa a marca para distribuir curtas-metragens em várias plataformas, incluindo no YouTube.
A palavra “Shorts” e a forma de uso poderiam confundir as pessoas, dando a entender que o YouTube adquiriu a marca “Shorts” ou que a Shorts International é sua subsidiária, disseram os advogados da empresa em documentos judiciais.
Na decisão do tribunal na quinta-feira, que permitiu um julgamento mais longo, as questões do Google sobre o impacto significativo do caso superaram as preocupações da Shorts International sobre o “desequilíbrio de recursos entre as duas partes”, disse a Shorts International em comunicado por e-mail. “Este foi um pedido processual no melhor fórum para decidir sobre a queixa da Shorts, não uma vitória para o Google.”