YouTube e buscas fazem Google crescer no terceiro trimestre
A empresa, da Alphabet, aumentou sua receita em 20% em relação ao mesmo período em 2019, apesar de investigações antitruste e desaceleração da economia
Lucas Agrela
Publicado em 29 de outubro de 2020 às 17h14.
Última atualização em 29 de outubro de 2020 às 20h59.
A Alphabet, grupo de controla o Google , reportou crescimento no terceiro trimestre de 2020 graças ao aumento de gastos de clientes em anúncios no seu buscador e no YouTube. O valor de 46,2 bilhões de dólares é 20% superior aos 40,39 bilhões de dólares reportados na receita do terceiro trimestre de 2019.
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“Tivemos um trimestre forte, consistente com o ambiente online mais amplo”, disse Sundar Pichai, CEO da Alphabet e do Google. “É também uma prova dos profundos investimentos que fizemos em IA e outras tecnologias, para fornecer serviços aos quais as pessoas recorrem para obter ajuda, em momentos grandes e pequenos.”
A empresa enfrenta os efeitos de uma desaceleração global da economia e do mercado de publicidade online, que é sua maior fonte de receita. No trimestre passado, a empresa teve sua primeira desaceleração de crescimento em 22 anos. No entanto, sua área de computação em nuvem, chamada Google Cloud, se mantém forte em 2020, especialmente por causa da demanda gerada pelo trabalho remoto — o que também beneficiou as concorrentes Amazon e Microsoft.
“A receita total de 46,2 bilhões de dólares no terceiro trimestre reflete um amplo crescimento liderado por um aumento nos gastos com anunciantes na pesquisa e no YouTube, bem como força contínua no Google Cloud and Play”, disse Ruth Porat, diretora financeira da Alphabet e do Google. “Continuamos focados em fazer os investimentos certos para apoiar o valor sustentável de longo prazo.”
Além dos desafios financeiros, o Google é investigado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos por práticas anticompetitivas. A investigação antitruste também envolve outras empresas de tecnologia do Vale do Silício. A empresa detém 86% do mercado de buscadores de internet, segundo dados de julho de 2020 compilados pela consultoria alemã Statista.