. (Bobby Yip/Reuters)
Lucas Agrela
Publicado em 15 de janeiro de 2019 às 14h55.
A Xiaomi investirá pelo menos 10 bilhões de yuans (US$ 1,5 bilhão) em inteligência artificial e aparelhos inteligentes nos próximos cinco anos em um momento em que a fabricante de smartphones atravessa uma desaceleração no setor e incertezas econômicas decorrentes da tensão entre os EUA e a China.
O investimento faz parte da estratégia da empresa com sede em Pequim para extrair mais receita de serviços de alto valor e da Internet das Coisas, afirmou o bilionário cofundador da empresa, Lei Jun, em comunicado. A empresa também está se concentrando no mercado de luxo e na expansão na Europa, disse Lei à Bloomberg Television, na quinta-feira. A Xiaomi está tomando medidas diante do cenário de guerra comercial latente que está gerando uma incerteza econômica global, acrescentou.
“Agora é a hora da ação. Estamos apostando tudo em AIoT”, disse Lei, em referência à combinação de inteligência artificial com o ecossistema de dispositivos conectados conhecido como Internet das Coisas. Ele não deu mais detalhes sobre o plano de investimento.
A Xiaomi busca diversificar sua receita em um momento de estabilização da demanda por smartphones em todo o mundo, mas espera uma recuperação da demanda com o advento da conexão sem fio super-rápida de quinta geração. Antes apontada como uma empresa digital capaz de alcançar um valor de até US$ 100 bilhões, a Xiaomi atualmente vale cerca de um terço disso. Suas ações caíram cerca de 40 por cento desde a oferta pública inicial de julho.