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Windows deveria ser o Android de hoje, mas Bill Gates se distraiu

"Vocês todos estariam no Windows Mobile hoje, não no Android, mas eu estraguei tudo", disse Bill Gates em conferência do NYT

Fundador da Microsoft, Bill Gates, durante encontro no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça (Denis Balibouse/Reuters)
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Maria Eduarda Cury

Publicado em 7 de novembro de 2019 às 16h36.

Última atualização em 8 de novembro de 2019 às 18h14.

São Paulo — Um dos fundadores da Microsoft , Bill Gates, revelou que o sistema Android , hoje utilizado por milhões ao redor do mundo, deveria ser o Windows Mobile, se ele não estivesse distraído na época. A declaração foi dada durante uma entrevista que ocorreu na Conferência DealBook do jornal New York Times, NYT. ”Vocês todos estariam no Windows Mobile hoje, não no Android, mas eu estraguei tudo", disse Gates nesta quinta-feira, 7.

De acordo com Gates , ele e sua equipe desperdiçaram a chance de a empresa conseguir desenvolver o Windows Mobile a tempo para a Motorola, marca de celular que estrearia seu sistema, porque o cofundador da Microsoft estava distraído com os processos antitruste que a empresa enfrentava na época.

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Ele acredita que, caso não estivesse atrasado em entregar o produto para a Motorola , o Windows Mobile seria o software mais popular dos dias atuais — e não o Android.

"Estávamos apenas três meses atrasados ​​com o lançamento do sistema operacional, que a Motorola usaria em um telefone. É um jogo de vencedor leva tudo, com certeza. Agora ninguém aqui ouviu falar do Windows Mobile", disse Gates ao lamentar seu atraso no desenvolvimento do produto, que acabou permitindo que a Motorola utilizasse o sistema Android pela primeira vez e desse impulso à popularidade do software nos Estados Unidos e, depois, no resto do mundo.

Sobre a lei antitruste que acabou retardando o progresso do Windows Mobile, Gates acredita que também pode ser vista como positiva. Segundo ele, os problemas envolvendo a lei e os projetos da Microsoft permitiram que ele se aposentasse mais cedo do que o esperado (o empresário se aposentou em 2008), dando-lhe a oportunidade de investir na instituição filantrópica que dirige com sua mulher, a Fundação Bill e Melinda Gates.

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