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Vigilância da NSA, pretexto para limitar liberdade na web

De acordo com associação, a liberdade na web sofreu com medidas de países para reforçar censura, que se amparam muitas vezes em programas de vigilância dos EUA


	Prédio-sede da NSA: liberdade na Internet diminuiu em 36 dos 65 países pesquisados
 (NSA/Divulgação via Reuters)

Prédio-sede da NSA: liberdade na Internet diminuiu em 36 dos 65 países pesquisados (NSA/Divulgação via Reuters)

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Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2014 às 19h35.

Washington - A liberdade de expressão na Internet sofreu este ano com medidas tomadas por um número crescente de países para reforçar a censura, que se amparam, por vezes, em programas de vigilância americanos, revela um informe publicado nesta quinta-feira.

A liberdade na Internet diminuiu em 36 dos 65 países pesquisados, segundo a associação Freedom House.

Em alguns casos, os governos usam as revelações sobre programas de vigilância da agência americana NSA para justificar iniciativas que buscam controlar mais os usuários na Internet e reprimir dissidentes.

"Vários países aprovam leis que legitimam a repressão existente e criminalizam de fato a dissidência online", destaca o informe da Freedom House.

"Mais pessoas são detidas devido às suas atividades na Internet e se exerce uma pressão cada vez maior sobre os meios online a fim de que eles mesmos se censurem ou para ameaçá-los com processos judiciais e as empresas privadas devem enfrentar novos processos dos governos para entregar dados ou apagá-los", criticou o informe.

Segundo a organização, o Irã é o país que dá menos liberdade na Internet, seguido de perto de Síria, China, Cuba, Etiópia e Uzbequistão.

Dezenove países são considerados "livres", encabeçados por Islândia e Estônia. Trinta e um países são considerados parcialmente livres e 19, "não livres".

Na maioria dos países, há uma diminuição da liberdade na Internet, destacou a Freedom House.

Quarenta e um países aprovaram ou propuseram leis para condenar criminalmente ou limitar a expressão na Internet e, inclusive, ampliar sua vigilância entre maio de 2013 e maio de 2014, explicou o informe, cujo autor, Sanja Kelly, qualifica como "preocupante" esta tendência.

"Dezenas de jornalistas cidadãos foram agredidos enquanto trabalhavam na guerra da Síria e nas manifestações antigovernamentais em Egito, Turquia e Ucrânia", destacou.

O informe revela ainda fortes restrições online na Rússia e na Turquia, com um aumento significativo em Ucrânia, Angola e Azerbaijão.

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