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Vida útil de baterias de smartphones pode ser triplicada

Equipe de pesquisadores criou uma forma de usar lítio no anódo da bateria, em vez de somente no eletrólito

Bateria do iPhone: resultado do estudo pode levar alguns anos até se converter em produtos para o consumidor (Divulgação)

Lucas Agrela

Publicado em 30 de julho de 2014 às 09h37.

São Paulo - Pesquisadores da Universidade Stanford acreditam que podem triplicar a vida útil da bateria de smartphones e tablets . Entretanto, o resultado do estudo pode levar alguns anos até se converter em produtos para o consumidor final.

A pesquisa publicada no jornal científico Nature Nanotechnology detalha como a equipe de pesquisadores criou uma forma de usar lítio no anódo da bateria, em vez de somente no eletrólito. O desafio era deixar a bateria estável, algo que foi resolvido com uma pequena proteção de carbono, com apenas 20 nanômetros, ao redor do anódo.

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Segundo o Phys.org, para efeito de comparação, seriam necessárias 5.000 camadas empilhadas para que a espessura fosse igual à de um fio de cabelo humano.

Como indica o Gizmodo, as baterias têm três partes básicas: um eletrólito para fornecer elétrons, um anódo para descarregá-los, e um cátodo para recebê-los. O lítio só está presente no eletrólito das baterias e não sobre o eletrodo, uma vez que, durante o carregamento, os íons de lítio no anódo e no cátodo expandem-se dramaticamente, fazendo com que os eletrodos se quebrem, dessa forma, tornando o componente instável.

As implicações desta descoberta não se limitam aos seus dispositivos móveis, mas chegam até mesmo aos carros. "Você pode ser capaz de criar um telefone celular com o dobro ou o triplo da vida útil da bateria ou um carro elétrico com um alcance de 300 milhas que seja vendido por apenas US$ 25 mil", explica Guangyuan Zheng, um dos pesquisadores.

Para que essa tecnologia seja viável em termos comerciais, é necessário que ela tenha eficiência de 99,9% ou mais. Outros projetos semelhantes tinham 96% e a eficiência caía para 50% após 50 ciclos de recarga. O projeto dos pesquisadores de Stanford atingiu a marca de 99% e conseguiu manter a carga mesmo após 150 ciclos.

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